
O câncer de pele, por ser o tumor mais comum que existe, merece atenção redobrada. De fato, trata-se de uma doença que envolve o crescimento de células anormais.
Além disso, o câncer aparece quando as células que deveriam morrer permanecem no organismo, impedindo, assim, que novas células surjam.
Nesse contexto, os raios ultravioletas da luz solar aceleram o crescimento dessas células, embora elas possam ou não ser cancerosas. Por outro lado, quando o câncer de pele é identificado logo no início, felizmente, as chances de cura são elevadas.
Os principais causas do aparecimento do câncer de pele
Fatores de risco para câncer de pele
O aparecimento de câncer de pele ocorre mais em mulheres antes dos 50 anos e homens
após os 50 anos.
A predominância maior ocorre em pessoas brancas, no entanto, o diagnóstico posterior ocorre
somente em pessoas com tons de pele mais escura.
Independente disso, qualquer pessoa pode ter a doença sobretudo se apresenta:
- Exposição excessiva ao sol
- Histórico de queimaduras solares
- Uso constante de câmaras de bronzeamento
- Ter olhos claros, cabelos loiros ou ruivos e pele clara ou sardenta
- Tem muitas pintas ou pintas de formato irregular
- Apresentação de ceratose actínica (crescimentos cutâneos pré-cancerígenos que são manchas ásperas, escamosas e de coloração rosa-escura a marrom)
- Histórico familiar de câncer de pele
- Transplante de órgão
- Utilizada medicamentos que enfraquecem o sistema imunológico
- Exposição de luz UV em decorrência de tratamento de pele como psoríase
Tipos de câncer de pele
Há três tipos principais de câncer de pele:
- Carcinoma basocelular: que se forma nas células basais da parte inferior da epiderme (a camada externa da pele)
- Carcinoma de células escamosas: forma nas células escamosas da camada externa da pele
- Melanoma: forma em células chamadas melanócitos. Os melanócitos produzem melanina, um pigmento marrom que dá cor à pele e protege contra alguns dos raios UV prejudiciais do sol.
Outros tipos de câncer de pele:
- Sarcoma de Kaposi
- Carcinoma de células de Merkel
- Carcinoma de glândula sebácea
- Dermatofibrossarcoma protuberante
Sintomas
O principal sintoma do câncer de pele é a mudança de crescimento de pintas já existente ou não.
No entanto, pode-se listar os seguintes sintomas:
- Uma nova pinta ou uma pinta que muda de tamanho, forma ou cor
- Uma mancha ou protuberância plana, de cor rosa/vermelha ou marrom
- Áreas na pele que parecem cicatrizes
- Feridas que parecem com crostas, têm uma depressão no meio ou sangram com frequência
- Uma ferida ou ferida que não cicatriza, ou que retorna
- Uma lesão áspera e escamosa que pode coçar, sangrar e formar crostas
Diagnóstico
Para confirmar a suspeita de câncer de pele será solicitada a realização de uma biópsia.
Por meio da biópsia é possível confirmar se a mancha é considerada câncer.
Estágios do câncer de pele
Os estágios do câncer de pele variam do estágio 0 ao estágio IV.
Quanto maior o número, mais o câncer se espalhou e mais difícil é tratá-lo.
1º Estágio: O melanoma está apenas na camada superior da pele
2º Estágio: O melanoma é de baixo risco e não há evidências de que tenha se espalhado, sendo curável por meio de cirurgia
3º Estágio: Apresenta algumas características que indicam que é provável que volte
4º Estágio: O melanoma se espalhou para os gânglios linfáticos próximos ou para a pele próxima
5º Estágio: O melanoma se espalhou para linfonodos ou se espalhou para órgãos internos
Tratamento
O tratamento depende do estágio do câncer, em alguns casos a biópsia pode remover todo o tecido canceroso se ele for pequeno e limitado à superfície da sua pele.
No entanto, em outros casos o tratamento pode consistir:
Crioterapia: É utilizado nitrogênio líquido para congelar o câncer de pele e as células mortas se desprendem após o tratamento.
Cirurgia excisional: O tumor é removido e parte da pele saudável ao redor para garantir que todo o câncer tenha desaparecido.
Curetagem: É usado um instrumento com uma borda afiada e em forma de laço para remover células cancerígenas enquanto raspa o tumor. Após usa-se uma agulha elétrica para destruir quaisquer células cancerígenas restantes.
Quimioterapia: A quimioterapia é a utilização de medicamentos aplicados diretamente na pele, limitado a camada superior da pele ou por meio de ingestão de comprimidos.
Imunoterapia: São medicamentos para fortalecer o sistema imunológico a matar células cancerígenas.
Radioterapia : É o uso da radiação para matar células cancerígenas ou impedir que elas cresçam e se dividam.
Terapia fotodinâmica: A pele é coberta com medicamentos no qual ativa com uma luz fluorescente azul ou vermelha. Essa terapia destrói células pré-cancerígenas.
Efeitos colaterais do tratamento
Geralmente a quimioterapia para câncer de pele pode levar a náuseas, vômitos, diarreia e perda de cabelo.
Outros efeitos colaterais podem ocorrer, tais como:
- Sangramento
- Dor e inchaço
- Cicatrizes
- Danos nos nervos que resultam em perda de sensibilidade
- Infecção de pele
- Crescimento do tumor após sua remoção
Prevenção
O câncer de pele pode ser prevenido.
A melhor maneira de se proteger é evitar muita luz solar e queimaduras solares.
Os raios UV do sol danificam a pele e com o tempo pode levar ao câncer de pele.
Para a efetiva prevenção a orientação é:
- Utilização de protetor solar de amplo espectro com fator de proteção da pele (FPS) de 30 ou mais. O protetor solar deve ser usado todos os dias e mesmo em dias nublados
- Usar chapéus com abas largas para proteger o rosto e as orelhas
- Optar por camisas e calças de mangas compridas para proteger braços e pernas
- Usar óculos de sol que bloqueiem os raios UV-B e UV-A
- Protetor labial com protetor solar
- Evitar o sol entre 10h e 16h
- Evitar usar camas de bronzeamento
- Alguns medicamentos podem deixar a pele mais sensíveis tais como antibióticos tetraciclina e estatinas e o cuidado deve ser redobrado.
O uso de proteção é importante, mas o acompanhamento de qualquer alteração na pele, como tamanhos de pintas, forma ou cor, bem como novas manchas é primordial.
Deve-se verificar também o couro cabeludo, orelhas, palmas das mãos, solas dos pés, entre os dedos, área genital e entre as nádegas.
Considerações finais
O câncer de pele é o tumor mais comum que existe, sendo o melanoma o tipo mais grave.
Atualmente, ele corresponde a cerca de 33% dos diagnósticos de câncer. De maneira geral, trata-se de uma doença caracterizada pelo crescimento de células anormais.
No entanto, muitas pessoas não dão a devida atenção a lesões na pele e, infelizmente, quando o diagnóstico é feito, o câncer já pode estar em estágio avançado, inclusive com metástase em outras regiões do corpo.
Por outro lado, é possível prevenir o câncer de pele evitando a exposição excessiva aos raios UV-B e UV-A, além de evitar o uso de camas de bronzeamento artificial.
Além disso, o uso de chapéu e protetor solar são os principais instrumentos de proteção. Por isso, é fundamental seguir a orientação de especialistas e monitorar alterações na pele, como manchas, pintas, mudanças de formato, tamanho ou cor, e, sobretudo, o surgimento de novas pintas.
Uma pele saudável resulta de cuidados adequados.