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Doença inflamatória intestinal: entenda - Blog - Clínica Rossetti


Em primeiro lugar, é essencial compreender que a doença inflamatória intestinal provoca inflamação crônica no trato gastrointestinal.

Dessa forma, seus sintomas podem surgir de maneira inesperada, causando cólicas estomacais intensas, diarreia e outros desconfortos.

Além disso, essa condição não se limita apenas ao intestino, podendo afetar também a saúde física geral e o bem-estar emocional.

Por isso, seu impacto pode ser significativo na rotina e na qualidade de vida do paciente.

Embora a doença inflamatória intestinal seja crônica e não tenha cura, é possível controlar os sintomas e levar uma vida mais equilibrada.

Afinal, com o acompanhamento médico adequado e algumas mudanças no estilo de vida, muitos indivíduos conseguem minimizar os desconfortos e viver de maneira satisfatória.

Tipos de doença inflamatória intestinal

As principais doenças são:

Doença de Crohn: Essa condição causa feridas (úlceras) no trato gastrointestinal. Pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, da boca ao ânus, mas geralmente se desenvolve no intestino delgado e na parte superior do intestino grosso.

Retocolite ulcerativa: Também é uma condição inflamatória intestinal crônica que afeta principalmente o intestino grosso (cólon) e o reto, causando inflamação e ulcerações na mucosa, cujos sintomas são diarreia, sangue nas fezes, dor abdominal e, em alguns casos, febre.

Causas da  doença inflamatória intestinal

A doença inflamatória intestinal ocorre quando células do sistema imunológico do trato gastrointestinal atacam tecidos saudáveis, causando inflamação que leva à doença de Crohn e à retocolite ulcerativa.

Segundo estudos, isso ocorre em razão de eventuais mutações em certos genes.

Quando esses genes sofrem mutação dessas doenças aumentam.

Segundo estudos, entre 5% e 20% das pessoas com doença inflamatória intestinal têm um parente de primeiro grau, como um dos pais, filho ou irmão, com a doença.

Algumas atividades podem desencadear os sintomas das doenças inflamatória intestinal, tal como o uso:

  • Antibióticos
  • Anti-inflamatórios não esteroidais
  • Tabagismo
  • Estresse

Sintomas

Os sintomas podem ser leves ou graves e aparecem e desaparecem.

Quando os sintomas desaparecem após o tratamento, o paciente fica em remissão.

Os sintomas mais comuns da doença inflamatória intestinal são:

  • Dor na parte inferior do abdômen que pode parecer cólicas estomacais
  • Sangue nas fezes
  • Diarreia crônica
  • Fadiga
  • Perda de peso

Outros sintomas podem aparecer e nesse caso será necessário buscar por auxilio médico de emergência.

São eles:

  • Febre acima de 37,9 graus e calafrios podem ser sinais de infecção
  • Cólicas abdominais intensas ou dores que não passam
  • Náuseas e vômitos intensos
  • Sangramento retal com coágulos de sangue nas fezes
  • Abdômen inchado.

Alimentos podem causar sintomas

Alguns alimentos são responsáveis pelo aparecimento e também agravamento dos sintomas e são eles:

  • Bebidas com álcool
  • Bebidas com cafeína
  • Bebidas gaseificadas
  • Alimento que contém leite
  • Alimentos com muitas fibras
  • Alimentos gordurosos

Principais complicações da doença inflamatória intestinal

A doença inflamatória intestinal pode trazer novas doenças, entre elas:

Câncer de cólon: A doença inflamatória intestinal aumenta a chance do desenvolvimento de câncer de cólon

Perfuração intestinal: Os sintomas incluem dor abdominal intensa e cólicas e barriga inchada.

Megacólon tóxico: é uma complicação grave e fatal da colite grave, caracterizada pela dilatação do cólon (intestino grosso) e inflamação.

Estenose anal: ocorre quando o canal anal se estreita, dificultando a saída das fezes.

Outras complicações que a doença inflamatória pode causar:

  • Anemia
  • Coágulos sanguíneos
  • Dor e irritação nos olhos
  • Pedras nos rins
  • Feridas na boca
  • Doenças do fígado, como cirrose e colangite esclerosante primária
  • Desnutrição
  • Articulações inchadas
  • Feridas e erupções cutâneas
  • Osteoporose
  • Desidratação.
  • Não absorver nutrientes essenciais
  • Densidade óssea reduzida
  • Dores nas articulações
  • Alterações na pele
  • Irritação nos olhos

Diagnóstico

Para chegar ao diagnóstico da doença serão solicitados os seguintes exames:

  • Hemograma completo
  • Colonoscopia
  • Tomografia computadorizada
  • Ultrassonografia endoscópica
  • Ressonância magnética
  • Endoscopia

Tratamento

O tratamento varia do tipo de doença intestinal inflamatória.

Inicialmente o tratamento ocorre para o alívio nos sintomas. Em alguns casos, os medicamentos não serão suficientes e deverá ocorrer a cirurgia.

Os medicamentos se concentram no controle da inflamação e na resposta do sistema imunológico. Ou seja, eles podem ser utilizados para a doença de Crohn e para retocolite ulcerativa.

Os medicamentos podem incluir:

  • Antibióticos: No caso de uma infecção por fístula anal
  • Medicamentos antidiarreicos: Esses medicamentos diminuem a motilidade intestinal (loperamida)
  • Biológicos: Esses medicamentos impedem a liberação de anticorpos que desencadeiam a doença inflamatória intestinal
  • Corticosteroides: Para combater a inflamação
  • Imunomoduladores e imunossupressores: Esses medicamentos no sistema imunológico

Se os medicamentos deixarem de controlar os sintomas, a orientação é a realização de cirurgia como uma colectomia.

Como conviver a doença intestinal inflamatória

A doença intestinal inflamatória é uma doença sem cura e assim é preciso saber conviver com a doença, de modo a evitar o aparecimento dos sintomas.

Por isso, recomenda-se:

Alimentação: Deve monitorar e identificar alimentos e bebidas que desencadeiam a doença. Por isso, importante
ter apoio de um nutricionista que informe sobre planos alimentares que evitem alimentos e bebidas desencadeantes,
mas que forneçam nutrição adequada.

Ir apenas em locais com banheiro: Como não se sabe quando ocorrerá o aparecimento dos sintomas, importante identificar locais com banheiros caso venha ter uma crise.

Objetos para emergência: Deve considerar levar um kit de emergência com calcinhas extras, protetores diários, papel higiênico e lenços umedecidos.

Controle de estresse: O estresse pode desencadear sintomas, por essa razão necessário passar por programas de gerenciamento de estresse para reduzir ou retardar os sintomas.

Terapia: A doença intestinal inflamatória pode levar à depressão, diante disso é essencial ter acompanhamento com psicólogo.

Para de fumar: O tabagismo pode desencadear sintomas de doença inflamatória intestinal.

Considerações finais

A doença inflamatória intestinal é uma condição crônica que exige controle contínuo ao longo da vida.

Além disso, infelizmente, quem convive com essa enfermidade também enfrenta um risco maior de desenvolver doenças graves, como o câncer de cólon.

Essa doença ocorre porque células do sistema imunológico do trato gastrointestinal, em vez de proteger o organismo, acabam atacando tecidos saudáveis, o que, por consequência, causa inflamação.

Dessa forma, alguns fatores podem contribuir para o surgimento dos sintomas, incluindo o uso de antibióticos e anti-inflamatórios não esteroidais, além do tabagismo e do estresse.

Por isso, mesmo na ausência de sintomas, é fundamental manter consultas médicas regulares. Aliás, quando a doença está em remissão, recomenda-se que as consultas sejam realizadas a cada seis meses, garantindo assim um acompanhamento adequado.

Os sintomas podem variar entre leves e graves, aparecendo e desaparecendo ao longo do tempo. No entanto, com o tratamento adequado, os sinais tendem a desaparecer.

Apesar disso, é imprescindível manter um acompanhamento médico frequente, visto que essa estratégia contribui para um controle mais eficaz da condição.

Por fim, embora seja uma doença sem cura, existe tratamento disponível. Dessa maneira, aprender a conviver com a enfermidade e adotar hábitos que minimizem os sintomas desconfortáveis ou, em algumas situações, até constrangedores, é essencial para assegurar uma melhor qualidade de vida.



Por: Kelma Yaly - 2 de maio de 2025
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