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Exames de imagens no diagnóstico da hepatite - Blog - Clínica Rossetti


Inicialmente, precisamos entender que a hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus, uso excessivo de álcool ou medicamentos, doenças autoimunes ou outras causas.

Para obter um diagnóstico assertivo, os profissionais devem realizar a avaliação física, observar sinais como a icterícia e, em seguida, solicitar exames laboratoriais e de imagem. Assim, garantem maior precisão no diagnóstico de uma possível hepatite.

A equipe médica deve adaptar a avaliação laboratorial conforme o caso clínico — diferindo entre pacientes com icterícia aguda e aqueles com histórico de consumo prolongado de álcool.

Os laboratórios clínicos medem diretamente a função hepática. Por isso, o hepatograma exerce papel essencial. Ele reúne análises laboratoriais específicas que verificam o funcionamento do fígado e das vias biliares.

Além disso, esse exame permite a identificação precoce de alterações hepáticas, o que facilita uma intervenção médica eficaz.

Paralelamente, os exames de imagem — como ultrassonografia, elastografia e cintilografia do fígado e baço — fornecem informações visuais sobre a estrutura do órgão.

Mas, afinal, em quais situações o exames de imagens para diagnóstico de hepatite se tornam indispensáveis?

Principais exames de imagens para diagnóstico de hepatite e outras doenças

Cintilografia hepática (fígado-baço)

Trata-se de um tipo de exame de imagem para avaliar o fígado e o baço.

Nesse exame, combina medicina nuclear com tomografia computadorizada.

Desse modo, esse exame é útil para mostrar o funcionamento desses dois órgãos e onde podem estar presentes possíveis anomalias.

Durante o exame de imagem é injetado um material radioativo leve na veia, esse material emite raios e uma câmera examina.

Portanto, a forma como o fígado e o baço absorvem o material pode fornecer informações importantes acerca de eventual doença.

As áreas onde absorvem mais aparecem mais brilhantes e as áreas onde absorvem menos aparecem mais escuras.

Esse exame será necessário quando:

  • Acompanhamento da evolução de doença hepática crônica
  • Verificar o tratamento
  • Se há danos em órgãos após uma lesão traumática
  • Identificar lesões no fígado ou baço
  • Se há doenças sistêmicas que podem afetar ambos os órgãos
  • Busca de causas para dor abdominal superior inexplicável

A cintilografia hepática também pode mostrar alterações gerais no fígado, como cicatrizes (fibrose), inchaço (aumento) ou alterações no fluxo sanguíneo ou biliar .

Esse exame pode detectar:

  • Inflamação do fígado (hepatite)
  • Cicatriz hepática (fibrose e/ou cirrose)
  • Insuficiência hepática (diminuição da função hepática)
  • Lesões hepáticas, como abscesso , tumor, hemangioma ou cisto
  • Armazenamento de gordura no fígado (doença hepática esteatótica)
  • Hipertensão portal (pressão alta no fígado)
  • Fígado aumentado ou baço aumentado
  • Infarto esplênico (tecido morto no baço)
  • Baço rompido

Elastografia

A elastografia é um exame usado para verificar a "elasticidade" dos órgãos do corpo, especialmente o fígado.

Nesse exame, são realizadas vibrações indolores e de baixa frequência para verificar a elasticidade dos órgãos do corpo.

Quando os tecidos perdem elasticidade e estão rígidos, pode ser sinal de doença, especialmente no fígado.

Os tipos de elastografia incluem:

Elastografia ultrassonográfica: Também chamada de elastografia transitória, trata-se de um exame não invasivo que utiliza um transdutor portátil e ondas sonoras para produzir uma imagem dos órgãos.

Elastografia por ressonância magnética: Este exame combina ondas sonoras de um ultrassom com ondas magnéticas e de rádio de uma ressonância magnética para produzir imagens dos órgãos, sem o uso de radiação.

Nesse exame verifica se há fibrose no fígado, que ocorre nos estágios iniciais e pode evoluir para um estágio avançado ou cirrose hepática.

Pode ser usado para monitorar a resposta do fígado ao tratamento e prever complicações da doença hepática, como acúmulo de gordura.

Também o exame é realizado quando há fatores de risco, sinais ou sintomas de cirrose.

A fibrose pode reduzir o fluxo sanguíneo que passa pelo fígado, causando o acúmulo de sangue no órgão com o tempo.

Se não tratada, a fibrose hepática pode resultar em problemas de saúde graves, como:

  • Cirrose
  • Câncer de fígado
  • Insuficiência hepática
  • Sangramento gastrointestinal

Ultrassom do fígado

A ultrassonografia do fígado é solicitado quando já foi diagnosticada uma doença hepática e o profissional deseja
verificar o estado que o órgão se encontra.

A ultrassonografia hepática pode mostrar sinais de acúmulo de gordura no fígado, inflamação e inchaço (hepatite) e tecido cicatricial (fibrose ou cirrose ).

O exame também pode mostrar lesões hepáticas , manchas ou crescimentos anormais no fígado.

Além disso, alguns tipos especiais de ultrassonografia hepática podem avaliar o fluxo sanguíneo no fígado ou a rigidez dos tecidos.

As principais anomalias no qual o ultrassom possibilita diagnosticar são:

Estágios da doença hepática crônica:

  • Hepatite
  • Esteatose
  • Cirrose

Lesões hepáticas:

Condições vasculares do fígado:

  • Isquemia.
  • Hipertensão portal

Outras condições que afetam seu sistema biliar:

  • Ascite
  • Colecistite
  • Coledocolitíase

Os tipos de ultrassonografia do fígado incluem:

  • Padrão (ultrassom abdominal do quadrante superior direito)
  • Ultrassom vascular (ultrassom Doppler)
  • Elastografia ultrassonográfica
  • Ultrassom contrastado

Se no ultrassom é indicado um fígado aumentado ou encolhido indica doença hepática.

Uma superfície irregular indica cicatrizes (cirrose) ou tumores.

A doença hepática gordurosa, portanto, pode torná-lo mais brilhante, enquanto a inflamação pode torná-lo mais denso e escuro.

Ressonância Magnética do Fígado

Inicialmente , a ressonância magnética do fígado permite a visualização detalhada da anatomia do fígado e a detecção de alterações patológicas, ou seja, ajuda na avaliação da saúde hepática.

O mais importante que a ressonância magnética do fígado pode ajudar a diagnosticar ou acompanhar:

  • Hepatite viral
  • Doença hepática gordurosa não-alcoólica
  • Cirrose
  • Tumores hepáticos (benignos e malignos)
  • Hemocromatose (acúmulo excessivo de ferro)
  • Doenças autoimunes do fígado

Considerações finais acerca exames de imagens no diagnóstico de hepatite e outras doenças

Em resumo, o fígado desempenha diversas funções fisiológicas essenciais para o funcionamento adequado do organismo, atuando como um filtro do sangue, metabolizando e eliminando toxinas e substâncias nocivas do corpo.

Acima de tudo, quando a saúde do fígado está comprometida, os exames de imagens são essenciais para um diagnostico preciso.

Desse modo, pelos exames de imagem é possível acompanhar doenças hepáticas, permitindo a identificação de anormalidades estruturais, como tumores, cistos, inflamações, além de auxiliar no monitoramento da progressão de doenças crônicas como cirrose e esteatose hepática.

Eles são solicitados principalmente para avaliar a eficácia, detectar mudanças em tamanho e aparência de lesões no fígado.

Ademais, possibilitam avaliar o fluxo sanguíneo no fígado e nas vias biliares, ou seja, ajudam a guiar procedimentos como biópsias.

Por fim, eles fornecem informações detalhadas sobre a localização de lesões e ajuda no tratamento mais adequado.

Portanto, a realização dos exames também é uma forma prevenir complicações de doenças hepáticas e evitar o desenvolvimento de complicações graves.



Por: Kelma Yaly - 28 de julho de 2025
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