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Síndrome de Meniére, você conhece? - Blog - Clínica Rossetti


A Síndrome de Ménière é uma doença crônica que afeta o ouvido interno e, consequentemente, impacta diretamente a audição e o equilíbrio.

Embora não seja considerada comum, ela tem causado preocupação crescente entre pacientes que enfrentam sintomas como vertigem intensa, zumbido e perda auditiva flutuante.

Por se tratar de uma condição de evolução imprevisível, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são fundamentais para garantir qualidade de vida.

Neste artigo, você vai entender o que é a Síndrome de Ménière, quais são suas possíveis causas, sintomas mais frequentes e como é feito o diagnóstico.

Além disso, explicaremos as formas de tratamento e o que pode ser feito para controlar os episódios de crise.

O que é a Síndrome de Ménière?

A Síndrome de Ménière é uma condição crônica que afeta o ouvido interno, responsável pelo equilíbrio e pela audição.

Embora sua causa exata ainda seja desconhecida, muitos especialistas associam o distúrbio ao acúmulo anormal de líquido na parte interna do ouvido. Por isso, entender seus sintomas e impactos é essencial para buscar o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado.

Definição clínica da síndrome

Clinicamente, a Síndrome de Ménière é caracterizada por episódios recorrentes de vertigem intensa, zumbido (tinnitus), sensação de pressão no ouvido e perda auditiva progressiva.

Esses sintomas ocorrem geralmente em crises que podem durar de 20 minutos a várias horas. Além disso, os sintomas aparecem de forma súbita, o que interfere significativamente na qualidade de vida do paciente.

Felizmente, com o acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida, é possível controlar os episódios e reduzir sua frequência.

Como ela afeta o ouvido interno

O ouvido interno possui uma estrutura delicada, formada por canais e líquidos que ajudam na percepção sonora e no controle do equilíbrio.

Quando há excesso de líquido (endolinfa) na cóclea e no labirinto, surgem os sintomas característicos da Síndrome de Ménière. Isso acontece porque a pressão aumenta dentro dessas estruturas, alterando o funcionamento normal dos sensores auditivos e vestibulares.

Consequentemente, a pessoa passa a ter dificuldades para ouvir sons com clareza e manter-se estável durante os movimentos.

Relação com o equilíbrio e audição

Por estar diretamente ligada ao labirinto, que regula o equilíbrio, a Síndrome de Ménière provoca tonturas intensas e sensação de desequilíbrio.

Ao mesmo tempo, a cóclea, responsável pela audição, sofre alterações. Assim, a pessoa pode apresentar perda auditiva unilateral e zumbidos constantes.

Portanto, quanto mais cedo for diagnosticada, melhor será o controle da doença e a preservação da audição.

Causas e fatores de risco da Síndrome de Ménière

Embora os estudos sobre a Síndrome de Ménière avancem continuamente, as causas exatas da doença ainda permanecem indefinidas.

No entanto, diversos especialistas apontam possíveis fatores que contribuem para seu surgimento. Por isso, é fundamental conhecer essas hipóteses e os grupos mais vulneráveis para agir de forma preventiva e buscar diagnóstico precoce.

Fatores genéticos, autoimunes e virais

Vários estudos indicam que predisposições genéticas podem influenciar no aparecimento da Síndrome de Ménière.

Ou seja, pessoas com histórico familiar da doença tendem a apresentar maior risco. Além disso, doenças autoimunes — em que o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis — também aparecem como possíveis desencadeadores.

Não se pode ignorar, ainda, o papel de infecções virais, que podem afetar o ouvido interno e desencadear o quadro. D

essa forma, a combinação de fatores genéticos e ambientais pode aumentar significativamente as chances de desenvolver a condição.

Quem tem maior chance de desenvolver a síndrome

Em geral, adultos entre 40 e 60 anos representam o grupo mais afetado pela Síndrome de Ménière.

Ainda assim, homens e mulheres são impactados de forma semelhante. Quando há histórico familiar, doenças autoimunes ou episódios frequentes de infecção no ouvido, o risco aumenta.

Por isso, manter o acompanhamento médico e relatar sintomas precoces pode fazer toda a diferença.

Principais sintomas da Síndrome de Ménière

Estamos falando de uma doença que compromete diretamente a qualidade de vida dos pacientes, especialmente porque interfere na audição e no equilíbrio.

Ao reconhecer os sinais precoces, é possível buscar tratamento mais rapidamente e, assim, reduzir o impacto da doença no dia a dia.

A seguir, você confere os principais sintomas e como eles costumam evoluir com o tempo.

Vertigem intensa e recorrente

O sintoma mais marcante é a vertigem.

Diferente de uma tontura leve, a vertigem causada por essa síndrome surge de forma súbita e com grande intensidade. Muitas vezes, o paciente sente como se tudo ao redor estivesse girando, o que pode durar de 20 minutos a várias horas.

Além disso, náuseas, vômitos e perda do equilíbrio costumam acompanhar os episódios. Portanto, quem sofre dessas crises com frequência deve procurar um especialista.

Perda auditiva flutuante

Outro sintoma comum é a perda auditiva, geralmente em apenas um dos ouvidos.

Inicialmente, essa perda pode ser temporária e variar de intensidade — por isso, recebe o nome de perda auditiva flutuante. Contudo, com o avanço da Síndrome de Ménière, essa perda tende a se tornar permanente.

Assim, é importante iniciar o tratamento o quanto antes, buscando preservar ao máximo a capacidade auditiva.

Zumbido (tinnitus)

O zumbido no ouvido, ou tinnitus, é outro sinal característico.

Ele pode ser percebido como um chiado, apito ou até mesmo um som pulsante. Muitas pessoas relatam que o zumbido piora nos momentos de silêncio ou durante as crises de vertigem.

Além disso, esse sintoma pode causar estresse e ansiedade, agravando ainda mais o quadro clínico do paciente.

Sensação de pressão no ouvido

Antes ou durante uma crise, é comum sentir uma pressão ou plenitude no ouvido afetado.

Essa sensação pode ser comparada àquela que sentimos ao mudar de altitude, como em voos de avião. Ela ocorre devido ao acúmulo de líquidos no ouvido interno, o que também contribui para os outros sintomas da Síndrome de Ménière.

Diagnóstico: como identificar a Síndrome de Ménière

Identificar a Síndrome de Ménière pode ser um verdadeiro desafio, especialmente porque seus sintomas se assemelham aos de outras condições do ouvido interno.

Ainda assim, com o avanço da medicina e a experiência dos especialistas, é possível obter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado.

Para isso, é fundamental entender como o processo de investigação funciona — desde a consulta médica até os exames complementares.

Importância de consultar um otorrinolaringologista

O primeiro passo para o diagnóstico é procurar um otorrinolaringologista.

Esse profissional é especializado em doenças do ouvido, nariz e garganta, e possui o conhecimento necessário para interpretar os sintomas com mais precisão.

Além disso, ele saberá diferenciar a síndrome de outras condições que causam vertigem, como a labirintite e a enxaqueca vestibular. Portanto, evitar a automedicação e buscar ajuda especializada é essencial para cuidar da saúde auditiva e do equilíbrio.

Exames clínicos e questionários

Durante a consulta, o médico costuma realizar uma avaliação clínica detalhada, que inclui uma anamnese completa.

Nessa etapa, o paciente responde a perguntas específicas sobre os sintomas, sua duração, frequência e intensidade. Além disso, o médico pode aplicar questionários padronizados que ajudam a identificar padrões típicos da Síndrome de Ménière.

Embora essa avaliação inicial não seja definitiva, ela direciona os próximos passos do diagnóstico.

Exames de imagem para descartar outras causas

Em muitos casos, o especialista solicita exames de imagem, como a ressonância magnética.

Esse exame não serve para confirmar a presença da Síndrome de Ménière, mas é extremamente útil para descartar outras doenças neurológicas ou tumores que possam causar sintomas semelhantes. Dessa forma, a ressonância se torna uma etapa importante no processo de exclusão de diagnósticos diferenciais.

Audiometria e testes vestibulares

Por fim, exames auditivos e vestibulares ajudam a confirmar a suspeita da Síndrome de Ménière.

A audiometria avalia a capacidade auditiva do paciente e costuma mostrar perda auditiva flutuante. Já os testes vestibulares verificam o funcionamento do labirinto e do equilíbrio.

Quando os resultados indicam alterações típicas, o diagnóstico se torna mais claro. Assim, com o conjunto de exames e acompanhamento especializado, é possível identificar a síndrome com segurança e iniciar o tratamento adequado.

Tratamento e controle da Síndrome de Ménière

Apesar de ainda não existir cura, é possível controlar os sintomas e melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente.

Para isso, o tratamento precisa ser individualizado e envolver diferentes abordagens. Quanto antes o paciente iniciar o acompanhamento médico, melhores serão os resultados.

Mudanças no estilo de vida

Uma das primeiras recomendações é adotar mudanças no estilo de vida.

A dieta com baixo teor de sal, por exemplo, ajuda a reduzir a retenção de líquidos no organismo — o que, por sua vez, diminui o acúmulo de fluido no ouvido interno.

Além disso, evitar cafeína, álcool e tabaco pode contribuir para o controle dos sintomas. Dormir bem e reduzir o estresse também fazem parte do tratamento. Portanto, pequenas mudanças diárias têm um grande impacto no bem-estar geral.

Medicamentos para controlar vertigem e náuseas

Durante as crises, o uso de medicamentos é fundamental para aliviar os sintomas.

Os mais comuns são os antivertiginosos, que reduzem a sensação de vertigem, e os antieméticos, que combatem náuseas e vômitos.

Em alguns casos, o médico também pode indicar diuréticos para controlar o excesso de líquidos. Dessa forma, o paciente ganha mais autonomia e confiança para enfrentar o dia a dia.

Terapias de reabilitação vestibular

Quando as crises de desequilíbrio se tornam frequentes, a reabilitação vestibular pode ser uma excelente aliada.

Essa terapia envolve exercícios físicos personalizados que ajudam o cérebro a compensar a perda de equilíbrio. Com o tempo, os movimentos tornam-se mais seguros e estáveis. Além disso, a reabilitação contribui para a redução da ansiedade provocada pelos sintomas.

Procedimentos em casos graves

Em situações mais severas, o médico pode considerar procedimentos como injeções de medicamentos no ouvido médio ou, em último caso, cirurgia.

Embora mais invasivos, esses métodos oferecem alívio quando os tratamentos convencionais não funcionam. Assim, mesmo nos casos graves, é possível controlar a Síndrome de Ménière com segurança e eficácia.

Quando procurar ajuda médica para a Síndrome de Ménière?

A Síndrome de Ménière pode se manifestar de forma súbita, com sintomas que muitas vezes são ignorados no início. No entanto, identificar os sinais de alerta e procurar ajuda médica o quanto antes faz toda a diferença para o controle da doença e a preservação da qualidade de vida.

Crises de vertigem intensa, zumbido persistente no ouvido, sensação de pressão auricular e perda auditiva flutuante são sinais que exigem atenção.

Quando esses sintomas aparecem com certa frequência, o ideal é consultar um otorrinolaringologista imediatamente.

Riscos de agravamento sem diagnóstico

Sem o diagnóstico correto, o paciente corre o risco de perder a audição de forma irreversível e sofrer com quedas e desequilíbrios.

Além disso, o impacto psicológico é significativo, já que a imprevisibilidade das crises pode gerar ansiedade e até depressão.

Por esse motivo, iniciar o acompanhamento com um especialista permite controlar os sintomas de forma segura, além de garantir mais autonomia no dia a dia.

Considerações finais

A Síndrome de Ménière é uma condição complexa, crônica e que afeta profundamente a rotina de quem convive com ela.

No entanto, com o diagnóstico correto e o tratamento adequado, é possível manter uma boa qualidade de vida. Por mais que não exista cura definitiva, controlar os sintomas com medicamentos, mudanças no estilo de vida e terapias especializadas permite ao paciente retomar suas atividades com mais segurança e conforto.

Além disso, reconhecer os sinais de alerta e buscar ajuda médica logo nas primeiras manifestações faz toda a diferença.

Ignorar episódios frequentes de vertigem, zumbido ou perda auditiva pode levar a complicações mais graves, como a perda auditiva permanente ou crises incapacitantes.

Outro ponto fundamental é o acompanhamento constante com um otorrinolaringologista. Esse profissional irá orientar o tratamento de forma personalizada, avaliando a evolução da doença e ajustando as condutas conforme necessário.

Em alguns casos, será necessário considerar intervenções mais invasivas, mas sempre como última alternativa.

Portanto, é possível conviver bem com a Síndrome de Ménière, desde que o paciente esteja engajado no cuidado com sua saúde. Informação, atenção aos sintomas e apoio médico são os principais aliados nessa jornada de controle e adaptação.

Resumindo

1. A Síndrome de Ménière tem cura?

Não. A Síndrome de Ménière ainda não tem cura, mas é possível controlar os sintomas com acompanhamento médico.

Mudanças no estilo de vida, medicamentos e terapias de reabilitação vestibular ajudam a reduzir a frequência e a intensidade das crises, permitindo mais qualidade de vida ao paciente.

2. Quais são os primeiros sintomas da Síndrome de Ménière?

Os primeiros sintomas costumam incluir vertigem intensa e súbita, zumbido (tinnitus), sensação de pressão no ouvido e perda auditiva flutuante.

Esses sinais podem surgir de forma isolada ou em conjunto, e geralmente afetam apenas um dos ouvidos. É importante procurar um otorrinolaringologista ao notar esses sintomas.

3. Quem tem mais chance de desenvolver a Síndrome de Ménière?

A Síndrome de Ménière pode afetar qualquer pessoa, mas ocorre com mais frequência em adultos entre 40 e 60 anos. Fatores genéticos, doenças autoimunes, infecções virais e histórico familiar aumentam o risco de desenvolver a condição.



Por: Kelma Yaly - 24 de abril de 2025
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