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Vamos falar sobre pericardite? - Blog - Clínica Rossetti


Já ouviu falar em pericardite?

Trata-se de uma inflamação do pericárdio, o saco fino, de duas camadas, cheio de fluido que cobre a superfície externa do coração.

Geralmente se desenvolve com muita rapidez e pode durar semanas há alguns meses.

A depender, ela pode ser curada em três meses, no entanto, pode levar alguns anos para o paciente ser curado.

Nesse artigo será demonstrado quais os tipos, causas, sintomas, bem como o tratamento.

Tipos de pericardite

Os principais tipos são:

  • Aguda: Inflamação do pericárdio que se desenvolve repentinamente com o início dos sintomas
  • Crônica: Inflamação do pericárdio que dura três meses ou mais após o início dos sintomas
  • Constritiva: É a forma grave de pericardite na qual as camadas inflamadas do pericárdio endurecem, desenvolvem tecido cicatricial, interferindo na função normal do coração.
  • Infecciosa: Se desenvolve como resultado de uma infecção viral, bacteriana, fúngica ou parasitária
  • Idiopática: Esse tipo de pericardite não tem causa conhecida
  • Traumática: Se desenvolve como resultado de uma lesão no peito, como após um acidente de carro
  • Urêmica: Se desenvolve como resultado de insuficiência renal
  • Maligna: Se desenvolve como resultado do crescimento de câncer

Importante ressaltar, que o pericárdio fornece protege o coração de infecções e outras doenças.

Ele também impede que o coração se expanda demais quando o volume de sangue aumenta, mantendo o coração funcionando eficientemente.

Pessoas propensas a desenvolver pericardite

A doença pode afetar qualquer pessoa, no entanto, homens entre 16 e 25 são mais propensos a desenvolverem
essa condição.

Principais causas

Geralmente as causas são desconhecidas, por isso quando sobrevém a doença com a causa desconhecida ela é denominada pericardite idiopática.

Por outro, lado é possível elencar como causas:

  • Má complicação de uma infecção viral, geralmente um vírus gastrointestinal, causa pericardite viral
  • Infecção bacteriana, incluindo tuberculose, causa pericardite bacteriana
  • Infecção fúngica causa pericardite fúngica
  • Infecção por parasita causa pericardite parasitária
  • Algumas doenças autoimunes, como lúpus, artrite reumatoide e esclerodermia, podem causar pericardite
  • Lesões no peito, como após um acidente de carro, causam pericardite traumática
  • Insuficiência renal causa pericardite urêmica
  • Tumores como o linfoma causam pericardite maligna

Outras causas podem elevar o risco do aparecimento da doença são:

  • Ataque cardíaco
  • Cirurgia cardíaca aberta
  • Radioterapia
  • Cateterismo cardíaco ou ablação por radiofrequência (procedimento que utiliza uma corrente elétrica de alta frequência para destruir células e tratar diversas condições, sendo utilizado para tratar arritmias cardíacas).

Nos casos de cirurgia, a inflamação do pericárdio pode ocorrer em decorrência de erro no procedimento, e os
sintomas só aparecem alguns dias após o procedimento.

Sintomas

O principal sintoma é dor no peito, com sensação cortante, que piora quando tosse, engole, respira fundo ou em repouso.

Outros sintomas incluem:

  • Dor nas costas, pescoço ou ombro esquerdo.
  • Dificuldade para respirar quando em repouso
  • Tosse seca
  • Palpitações (sensação de que o coração está acelerado ou batendo irregularmente)
  • Ansiedade ou fadiga
  • Febre
  • Inchaço nas pernas, pés e tornozelos em casos graves

O inchaço nos pés, pernas e tornozelos ou falta de ar quando ocorre esforço pode ser um sintoma de pericardite constritiva.

Este é um tipo grave em que o pericárdio enrijece.

Quando isso acontece, o músculo cardíaco não consegue se expandir, e impede o coração de funcionar.

O coração pode ficar comprimido, o que faz o sangue voltar para pulmões, abdômen e pernas, levando ao inchaço e causando sintomas de insuficiência cardíaca congestiva, acarretando também no desenvolvimento de um ritmo cardíaco anormal.

Diferença entre miocardite e pericardite

Essas condições são tipos de inflamação do coração, mas estão em locais diferentes.

A miocardite está no músculo cardíaco.

Já a pericardite acontece no pericárdio (o revestimento ao redor do coração).

Na maioria das vezes, um vírus causa miocardite e pericardite e ambos podem causar dor no peito, mas a pericardite a dor no peito melhora quando o paciente senta ou se inclina para frente.

Por outro lado, a miocardite apresenta cansado e fraqueza.

Diagnóstico

Para chegar a um diagnóstico será recomendado a realização dos seguintes exames:

Radiografia de tórax: Para ver o tamanho do coração e eventual liquido nos pulmões

Eletrocardiograma: Nesse exame será possível procurar alterações no ritmo cardíaco. As pessoas portadoras dessa condição possui um ritmo cardíaco anormal. Por outro lado, algumas pessoas podem apresentar ou não esse sintoma, ou apresentar, mas ser temporário.

Ecocardiograma: Esse exame mostrará o funcionamento do coração e se há fluido (derrame pericárdico) ao redor do coração. Também será demonstrado os sinais de pericardite constritiva, incluindo um pericárdio rígido ou espesso que comprime o movimento normal do coração.

Ressonância magnética cardíaca: Para verificar se há fluido extra no pericárdio, inflamação ou espessamento pericárdico, ou compressão do coração.

Tomografia computadorizada: Exame pretende identificar cálcio no pericárdio, fluido, inflamação, tumores e doenças das áreas ao redor do coração. Esse exame é importante para pacientes que necessitem de cirurgia para pericardite constritiva.

Cateterismo cardíaco: Para confirmação do diagnóstico de pericardite constritiva.

Exame de sangue: O exame de sangue vai confirmar o diagnóstico da doença, pois é comum que a taxa de sedimentação e níveis de proteína C reativa ultrassensível (marcadores de inflamação) sejam maiores do que o normal.

Tratamento

Para o tratamento, em muitos casos apenas o uso de medicamentos basta para tratar a doença.

Caso haja acúmulo de fluido no pericárdio, será necessário drenar o fluido.

Os pacientes diagnosticados com pericardite constritiva será necessário realizar cirurgia.

Os medicamentos para o tratamento para pericardite aguda pode incluir medicamentos como ibuprofeno ou aspirina em altas doses para dor e inflamação. Dependendo da causa da pericardite, será necessário o uso de antibiótico ou medicamento antifúngico.

Para os casos de pericardite constritiva será orientado o uso de medicamentos diuréticos para a exclusão do fluido extra que a pericardite constritiva causa.

Cirurgia

Quando o fluido se acumula no espaço entre o pericárdio, ele pode causar uma condição chamada derrame pericárdico.

Se o fluido se acumular rapidamente, ele pode causar tamponamento cardíaco, uma compressão grave do coração que prejudica a capacidade de funcionar.

Isso impede o coração de bombear sangue adequadamente para o resto do corpo e pode ser fatal se não tratado rapidamente.

Quando o fluido se acumula no pericárdio (derrame pericárdico) e comprime o coração, os médicos realizam um procedimento chamado pericardiocentese. Nesse processo, utilizam um tubo longo e fino, conhecido como cateter, para drenar o fluido acumulado.

A ecocardiografia ou a tomografia computadorizada orientam a inserção do cateter e da agulha até o pericárdio.

Se a drenagem com uma agulha não for possível, os médicos realizam um procedimento cirúrgico minimamente invasivo chamado janela pericárdica. Eles abrem o pericárdio por meio de uma pequena incisão no peito para remover o fluido acumulado.

Para pessoas com pericardite constritiva, pode ser necessário remover parte do pericárdio. Esse procedimento, chamado pericardiectomia, é indicado quando o pericárdio desenvolve tecido cicatricial.

Considerações finais

A pericardite é uma inflamação do pericárdio, o saco fino, de duas camadas, cheio de fluido que cobre a
superfície externa do coração.

Desta forma, qualquer pessoa pode ter a doença, no entanto, mas o aparecimento ocorre mais em homens entre 16 e 25 anos.

Ou seja, não sabe ao certo quais são as causas, no entanto, há alguns fatores de risco como: infecção bacteriana, incluindo tuberculose, infecção fúngica, infecção por parasita, algumas doenças autoimunes, como lúpus, artrite reumatoide e esclerodermia, lesões no peito, insuficiência renal.

O tratamento ocorre por meio de uso de medicamentos, sendo a cirurgia utilizada apenas nos casos de derrame do
pericárdio, quando o fluido se acumula no espaço entre o pericárdio.

É uma condição temporária que pode ser resolvida com o tratamento correto.

Estes casos mais graves, pode durar mais de três meses.

Por isso, sintomas como dor no peito, falta de ar, inchaços nas pernas e nos pés, palpitações cardíacas deve procurar auxilio médico especializado para um diagnóstico e tratamento rápido.



Por: Kelma Yaly - 20 de dezembro de 2024
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