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Zolpidem e Alzheimer, entenda a relação - Blog - Clínica Rossetti


A comunidade cientifica vem pesquisando a relação do uso prolongado do medicamento Zolpidem e a
ocorrência da doença de Alzheimer.

Mas por que o uso de medicamentos para combater a insônia, especialmente o Zolpidem, aumenta o risco de Alzheimer?

É o que trataremos nesse artigo.

A doença de Alzheimer

O Alzheimer, um distúrbio neurológico progressivo, atrofia o cérebro e provoca a morte das células cerebrais. O acúmulo anormal de proteínas no cérebro origina essa doença, levando à destruição celular. Essas proteínas se acumulam e, como consequência, as células cerebrais morrem.

Se quiser ajustes ou outra abordagem, só me avisar!

A morte das células nervosas resulta nos sintomas da doença de Alzheimer.

À medida que a doença progride, o portador doença de Alzheimer desenvolve comprometimento grave de memória e perde a capacidade de realizar tarefas cotidianas.

Há alguns fatores que aumentam a possibilidade da doença de Alzheimer são:

  • Idade
  • Histórico familiar e genético
  • Síndrome de Down
  • Gênero
  • Comprometimento cognitivo leve
  • Trauma na cabeça
  • Consumo excessivo de álcool
  • Insônia

O Alzheimer não tem cura, sendo que os fatores acima podem agravar a doença.

Diferença entre Alzheimer e demência

A demência não é uma doença específica.

Trata-se de um declínio na função mental que interfere na atividades da vida diária.

A pessoa portadora de demência possui as seguintes dificuldades:

  • Memória
  • Raciocínio
  • Linguagem
  • Compreender a forma visual
  • Comportamento e personalidade

A perda de memória relacionada à doença de Alzheimer é duradoura.

Com o tempo, a perda de memória afeta a capacidade para o trabalho.

As pessoas com doença de Alzheimer podem ter:

  • Repete afirmações e perguntas várias vezes
  • Esquece conversas, compromissos ou eventos
  • Perda itens, geralmente colocando-os em lugares que não fazem sentido
  • Estar desorientado em lugares que costumava conhecer bem
  • Esquecer nomes dos membros da família e objetos do cotidiano
  • Ter dificuldade em encontrar as palavras certas, expressar pensamentos ou manter conversas

A demência também pode variar de acordo com a gravidade.

Importante considerar que a doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência.

Zolpiden

O Zolpidem é um medicamento não benzodiazepínico, de curta duração, que atua no sistema nervoso central e é utilizado para tratamento de insônia.

O Zolpidem pode ser associado a outros medicamentos para o tratamento de transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade.

A insônia costuma ser um efeito da depressão e ansiedade, pois o paciente fica resistente ao sono.

O uso de Zolpiden por pelos menos dez dias já pode apresentar os efeitos colaterais que são:

  • Tontura
  • Sonolência
  • Diarreia

Outros efeitos colaterais graves também podem ocorrer, são eles:

  • Pensamento anormal ou alterações comportamentais
  • Mudança de humor
  • Concentração lenta
  • Efeitos relacionados ao pulmão
  • Comportamentos anormais relacionados ao sono

O Zolpidem é contraindicado para pessoas com apneia do sono, depressão ou que apresentem insuficiência respiratória ou insuficiência do fígado.

Também não deve ser usado em crianças com menos de 18 anos, em pessoas com antecedentes de dependência de drogas ou álcool, assim como não deve ser usado por mulheres grávidas ou que estejam a amamentar.

Relação entre Zolpidem e Alzheimer

Um estudo publicado em 2023 por meio de pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco na revista Journal of Alzheimer’s Disease indicam um risco maior de desenvolver demência quando a pessoa utiliza determinados medicamentos para dormir, como o Zolpidem e benzodiazepínicos.

A Universidade de Rochester, publicado na revista Cell, também revelou que o Zolpidem pode interferir no sistema glinfático do cérebro, responsável pela eliminação de resíduos tóxicos durante o sono, incluindo proteínas beta-amiloide que estão ligadas ao Alzheimer.

Ademais, descobriu que o tipo e a quantidade de medicamentos para dormir influenciam no risco de demência.

Foram acompanhados um grupo de três mil pessoas idosas de diferentes etnias ao longo de nove anos e sem diagnóstico de demência.

Durante o acompanhamento, em um grupo de cinco pessoas uma pessoa acabou apresentando a doença.

As pessoas que relataram usar remédios com mais frequência para dormir, têm 79% mais chance de desenvolver
a doença do que aqueles que usavam raramente.

Apesar das descobertas, é importante ressaltar que a pesquisa encontrou uma associação entre o uso dos remédios
e um risco aumentado de demência, mas que não significa que o remédio causará a doença.

Por outro lado, os pesquisadores, tem discutido que os remédios para combater a insônia acabem sendo usados
como consequência de um diagnóstico equivocado, pois a pessoa começa a usar o fármaco para combater a insônia, quando, na verdade, esse seria um sintoma inicial da demência.

Considerações finais acerca do Zolpidem e Alzheimer

Especialistas já reconhecem que o uso indiscriminado de medicamentos representa um risco significativo à saúde.

Quando as pessoas utilizam remédios para induzir o sono, por exemplo, podem enfrentar efeitos colaterais variados, que vão desde dores de cabeça, amnésia e diarreia até episódios mais graves, como alucinações e sonambulismo.

Além disso, pesquisadores têm investigado a possível relação entre o uso prolongado de Zolpidem e o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Como se sabe, o Alzheimer é um distúrbio neurológico progressivo que provoca a redução do volume cerebral e a morte gradual das células nervosas. Consequentemente, a doença compromete funções essenciais, como a memória, o pensamento lógico e o comportamento cotidiano.

Embora a doença ainda não tenha cura, certos fatores — como o consumo excessivo de álcool — podem agravar seu avanço.

De acordo com os cientistas, o Zolpidem pode afetar o sistema glinfático, que atua durante o sono para eliminar resíduos tóxicos do cérebro, incluindo as proteínas associadas ao Alzheimer.

Apesar dessas descobertas, é fundamental esclarecer que o uso de Zolpidem ou de outros medicamentos para insônia não causa demência de forma comprovada.

Em outras palavras, embora existam indícios de associação, os estudos ainda são limitados e exigem mais pesquisas para confirmar uma ligação direta de causa e efeito entre o medicamento e a doença.

Portanto, é essencial reforçar o alerta: o uso prolongado e sem acompanhamento médico de medicamentos para insônia pode desencadear outros problemas de saúde a longo prazo.

Sempre que possível, os pacientes devem buscar orientação médica e avaliar alternativas mais seguras para tratar distúrbios do sono.

Resumo

1. O uso prolongado de Zolpidem pode causar Alzheimer?

Estudos recentes associam o uso prolongado de Zolpidem a um risco maior de desenvolver Alzheimer.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia e da Universidade de Rochester identificaram que o medicamento interfere no sistema glinfático do cérebro, que atua na eliminação de toxinas, como a proteína beta-amiloide — uma das principais associadas à doença de Alzheimer.

Embora a relação ainda esteja em análise, os dados sugerem que pessoas que utilizam Zolpidem com frequência apresentam até 79% mais chance de desenvolver demência, quando comparadas àquelas que fazem uso eventual.

2. Como o Zolpidem afeta o cérebro e pode contribuir para a demência?

O Zolpidem atua no sistema nervoso central como um sedativo-hipnótico e ajuda a induzir o sono.

No entanto, pesquisadores apontam que o medicamento também altera o funcionamento do sistema glinfático, o que reduz a capacidade do cérebro de eliminar toxinas. Como resultado, a proteína beta-amiloide pode se acumular — um fator comum em cérebros afetados pelo Alzheimer.

Além disso, o uso contínuo de Zolpidem pode comprometer a função cognitiva com o passar do tempo. Muitos pacientes, por exemplo, relatam efeitos colaterais como perda de memória, lentidão no pensamento e alterações de comportamento. Esses sintomas, inclusive, muitas vezes se confundem com sinais iniciais de demência.

3. Quem deve evitar o uso do Zolpidem para dormir?

Médicos desaconselham o uso de Zolpidem para pessoas com apneia do sono, depressão, insuficiência respiratória ou hepática.

Além disso, eles também não recomendam o medicamento para menores de 18 anos, gestantes, lactantes e indivíduos com histórico de dependência química, seja de álcool ou outras substâncias.

Adicionalmente, como estudos sinalizam uma possível ligação entre o uso prolongado de Zolpidem e o Alzheimer, especialistas orientam que idosos e pessoas com histórico familiar de demência consultem um profissional de saúde antes de iniciar ou manter o uso regular do remédio.



Por: Kelma Yaly - 14 de março de 2025
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