O vírus Epstein-Barr é uma infecção viral muito comum que se espalha por meio da saliva e fluidos corporais.

Trata-se de um tipo de herpesvírus chamado herpesvírus 4.

Após infecção, o vírus permanece em estado inativo, podendo apresentar sintomas muito tempo após a aquisição do vírus

Em que pese não apresentar sintomas de início, quando em adolescentes e adultos jovens, podem levar à mononucleose infecciosa.

Mononucleose infecciosa

A mononucleose infecciosa pode causar aumento do baço.

Em casos extremos, o baço pode se romper, causando dor aguda e repentina no lado esquerdo da parte superior do abdômen.

A mononucleose infecciosa pode ocasionar problemas no  fígado como:

• Hepatite
• Icterícia

As complicações menos comuns são:

• Anemia: diminuição nos glóbulos vermelhos e na hemoglobina
• Trombocitopenia: uma baixa contagem de plaquetas, células sanguíneas envolvidas na coagulação
• Problemas cardíacos: inflamação do músculo cardíaco (miocardite)
• Complicações envolvendo o sistema nervoso: meningite, encefalite e síndrome de Guillain-Barré
• Amígdalas inchadas: podem bloquear a respiração

Para realizar o diagnóstico da mononucleose infecciosa será necessário:

• Testes de anticorpos: Esse é feito para verificar se há anticorpos para o vírus Epstein-Barr no sangue. Este teste de triagem oferece resultados em um dia, mas pode não detectar a infecção durante a primeira semana da doença;
• Contagem de glóbulos brancos: É possível realizar outros exames de sangue para detectar se há um número elevado de glóbulos brancos (linfócitos) ou linfócitos de aparência anormal.

Como ocorre a transmissão do vírus Epstein-Barr

O vírus Epstein-Barr é contagioso e se espalha facilmente por meio da saliva.

A transmissão ocorre compartilhando itens que entram em contato com a saliva de uma pessoa infectada.

O vírus pode se espalhar durante o período de incubação (período em que alguém é exposto ao vírus até o momento em que apresenta sintomas), que varia entre quatro a seis semanas.

O contágio também pode ocorrer por:

• Tosse ou espirro
• Beijo
• Contato sexual (sangue e sêmen)
• Tocar itens que uma criança pode ter colocado na boca

Alguns eventos podem reativar o vírus Epstein-Barr e torná-lo contagioso para outras pessoas, causando sintomas.

Esses eventos são:

• Estresse
• Sistema imunológico fraco
• Menopausa ou alterações hormonais

O que causa o vírus Epstein-Barr

O contato próximo de pessoa infectada causa o contágio.

O vírus se espalha facilmente pela saliva e outros fluidos corporais como sangue e sêmen.

Ademais, ele também pode se espalhar por meio de transfusões de sangue ou transplantes de órgãos.

O vírus se liga aos glóbulos brancos (linfócitos B), tendo os glóbulos brancos função de combater a infecção.

Quando o vírus estão nos glóbulos brancos, as células são incapazes de combater a infecção adequadamente e os sintomas passam aparecer.

Esse vírus infecta as células endoteliais (que ficam na parte interna dos vasos sanguíneos) e os linfócitos B (sistema imunológico).

Em pessoas com infecções recorrentes pelo vírus, há maior risco de desenvolvimento de doenças autoimunes, especialmente esclerose múltipla, artrite reumatoide, síndrome de Sjögren e lúpus eritematoso sistêmico.

Epstein-Barr e doenças autoimunes

Importante ressaltar que a participação do vírus no desenvolvimento de doença autoimune não está comprovada.

Como parte do vírus é semelhante alguns componentes presentes em nosso corpo, quando o sistema imunológico fosse ativado para combater o vírus, ele atacaria também a pessoa, desencadeando a doença autoimune.

Sintomas

Os sintomas variam em gravidade para cada pessoa e eles incluem:

• Dor de garganta e inflamação da garganta
• Fadiga ou sensação de cansaço extremo
• Febre
• Gânglios linfáticos inchados
• Erupções na pele
• Baço e fígado aumentados

As crianças diagnosticadas com o vírus Epstein-Barr não apresentam sintomas e quando apresentam assemelham a resfriado ou gripe.

Os adolescentes ou adultos que contraem o vírus podem apresentar sintomas entre duas a quatro semanas, mas os sintomas podem durar meses, principalmente fadiga.

Após a infecção, o vírus fica inativo, no entanto, ele poderá ser reativado, especialmente se em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.

Em que pese não causar sintomas na pessoa infectada, o vírus pode ser transmitido a outras pessoas.

Diagnóstico

Para confirmar o diagnóstico, deve ser realizado um exame de sangue chamado teste de anticorpos do vírus Epstein-Barr.

Este exame coleta uma amostra do sangue para detectar anticorpos que causam a doença.

Em alguns casos, será preciso repetir esse exame entre dez dias a duas semanas após o primeiro teste, pois os anticorpos podem não aparecer no início do diagnóstico.

Tratamento do Epstein-Barr

O tratamento para o vírus Epstein-Barr deve ser;

• Manutenção da hidratação
• Repouso
• Ingestão de medicamentos para dor e febre

O descanso é essencial, pois evitará que os sintomas piorem.

Deve-se evitar atividades físicas excessivas que possam levar a uma ruptura do baço.

Como deve ocorrer a prevenção

Não há vacina para o vírus Epstein-Barr, no entanto, é possível prevenir seguindo as seguintes orientações:

• Não compartilhar alimentos ou bebidas com a pessoa infectada
• Não beijar alguém que tem o vírus
•  Não compartilhar escova de dentes
• Usar preservativo
• Lavar as mãos após tocar em algo com saliva

Infecção e convívio social

Caso haja sintomas do vírus Epstein-Barr deve evitar o convívio social, pois a doença é altamente contagiosa.

Os sintomas podem persistir, como fadiga, por várias semanas após o desaparecimento de outros sintomas.

O vírus Epstein-Barr é uma infecção sexualmente transmissível

O vírus pode ser considerado uma infecção sexualmente transmissível, tendo em vista que se espalha por fluidos corporais como sangue ou sêmen, mas na maioria das vezes se espalha por meio da saliva.

O vírus pode levar à mononucleose infecciosa, mais conhecida como “doença do beijo”.

Pode-se concluir sobre Epstein-Barr

Em síntese, o vírus Epstein-Barr é uma infecção viral muito comum no qual é transmitida por fluidos corporais.

A princípio trata-se de uma doença assintomática, no entanto, com o decorrer do tempo a pessoa infectada com o vírus pode apresentar sintomas.

Trata-se de um vírus muito contagioso.

A maioria dos casos de vírus Epstein-Barr não causa sérios problemas de saúde, mas pode atrapalhar nas atividades diárias.

A principal recomendação é manter a hidratação para evitar que a infecção cause danos ao corpo, bem como evitar a propagação do vírus, ficando em isolamento quando do aparecimento dos sintomas.

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