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A amamentação e o câncer de mama - Blog - Clínica Rossetti

Já é de conhecimento que a amamentação é essencial para a saúde do bebê.

Mas você sabia que a amamentação também é um benefício para a mãe?

Nesse artigo, explicaremos mais sobre esse benefício na diminuição de chances da mulher ter câncer de mama.

Câncer de mama

Alguns estudos apontam que a amamentação por mais de um ano pode reduzir o risco de uma mulher ter certos tipos de câncer de mama.

O câncer de mama é o mais comum que afeta as mulheres.

Foi descoberto as mulheres que amamentaram seus bebês tinham menos probabilidade de ter câncer de mama recorrente.

As mulheres que amamentaram seus bebês tiveram um risco 30% menor de retorno do câncer e um risco 28% menor de morrer.

Importante considerar, que quanto mais tempo mulheres amamentam seus filhos, menores as chances do aparecimento do câncer de mama.

A amamentação pode reduzir o risco de câncer de mama

As mulheres que não amamentam tem mais chances de ter câncer de mama triplo negativo do que mulheres que nunca tiveram filhos.

Durante a gravidez e na amamentação, a mulher renova o tecido mamário, o que pode ajudar a remover células com danos ao DNA,
reduzindo o risco de desenvolver câncer de mama.

Não somente o tempo de amamentação, mas a idade da mãe também contribui para a redução de chances do câncer de mama.

As mulheres mais jovens que amamentaram mais de um filho, por um ou dois anos, conseguem reduzir o risco de um tumor de mama.

A proteção está relacionada aos hormônios, pois no período de gestação e amamentação a mulher produz menos hormônios relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama.

Essa proteção deve estar atrelada a hábitos de vida mais saudável, como :

  • não fumar,
  • ter uma boa alimentação,
  • praticar atividades físicas,
  • evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

Ademais, a gravidez e amamentação reduzem o número de ciclos menstruais durante a vida de uma mulher, bem como sua exposição a hormônios endógenos, que estão associados a riscos de câncer de mama.

Alguns pesquisadores acreditam que a gravidez e a amamentação têm impactos diretos nas células da mama, fazendo com que elas se modifiquem para poderem produzir leite, impedindo que transformem em células cancerígenas.

Além disso, a amamentação atrasa o retorno dos ciclos menstruais, reduzindo a exposição a hormônios como o estrogênio, que estão ligados aos câncer de mama.

Diagnóstico de câncer de mama durante a amamentação

Por outro lado, ter um diagnóstico de câncer de mama durante a amamentação é algo complexo.

Durante a gravidez, para determinados tipos de câncer, é possível realizar com segurança alguns tipos de tratamento, como a quimioterapia.

No entanto, cirurgia ou radioterapia devem ser adiados por conta da gestação.

Amamentação e quimioterapia

Se uma mulher é diagnosticada com câncer de mama durante a amamentação, é recomendado interromper a amamentação.

Alguns tratamentos contra o câncer de mama podem ser transmitidas ao bebê por meio do leite materno, como a quimioterapia.

A interrupção da amamentação também diminuirá o fluxo sanguíneo para os seios, tornando-os menores, mais fáceis de serem examinados.

A amamentação após cirurgia e radioterapia na mama pode ser desafiadora.

Após a cirurgia pode haver a diminuição da produção de leite da mama afetada, mas a outra mama ainda deve ser capaz de produzir leite.

Benefícios da amamentação

Para a mãe os benefícios são:

  • Regula e diminui o sangramento após o parto
  • Acelera a perda do peso da gravidez
  • Reduz o risco de câncer de mama, ovários e endométrio
  • Previne a anemia
  • Protege contra doenças do coração

Para o bebê os benefícios são:

  • Contato físico de qualidade com a mãe
  • Diminui as cólicas
  • Desenvolve a musculatura da face e da língua
  • Pode prevenir alergias
  • Estimula e fortalece a arcada dentária

Diminuição do aleitamento materno

Hoje muitas mulheres desconhecem a relação entre amamentação e câncer de mama.

Isso prejudica consideravelmente o aleitamento materno.

Por essa razão, no mês de agosto é realizado uma campanha para incentivar o aleitamento materno.

Mesmo assim, em pesquisa realizada recentemente, demonstrou que ao menos 22% das mulheres não acreditavam que o aleitamento materno poderia diminuir as chances de desenvolvimento de tumores na mama.

Outras práticas que evitam o aparecimento de câncer de mama

Além do aleitamento materno, há outros fatores que podem aumentar a proteção da mulher para o câncer de mama.

São eles:

Atividade física: Praticar atividade física reduz a incidência de radicais livres. Essas moléculas prejudicam o organismo e facilitam o aparecimento de câncer de mama.

Por outro, a atividade física evita a obesidade que é outro fator de risco para o aparecimento do câncer.

Alimentação saudável: Ter um cardápio alimentar equilibrado pode diminuir em até 28% os riscos de desenvolvimento da doença.

Tabagismo e alcoolismo: O tabagismo e o alcoolismo aumentam e muito a probabilidade de desenvolvimento do câncer de mama, bem
como de favorecer o aparecimento de outras condições médicas como hipertensão, cirrose e prejudicam a fertilidade feminina.

Considerações finais

Ainda é desconhecido por muitas mulheres que o ato de amamentar e o aparecimento do câncer de mama estão diretamente ligados.

Isso porque a amamentação diminui os riscos do aparecimento desse câncer.

A amamentação atrasa o retorno dos ciclos menstruais, o que reduz a produção do hormônio estrogênio responsável pelo câncer de mama.

Quanto menos filhos elas uma mulher tem, mais ciclos menstruais acontecem.

Assim a probabilidade do aparecimento do câncer de mama aumentam.

Além da diminuição dos ciclos menstruais, a amamentação reduz o risco de câncer de ovários e endométrio, prevenindo contra a anemia e doenças do coração.

Não só o aleitamento materno diminui a incidência desse tipo de câncer, mas também outros fatores atrelados, como a prática de atividade física, alimentação saudável e não ingerir bebidas alcoólicas, bem como evitar fazer uso de tabaco.

Ademais, o aleitamento materno fornece nutrientes importantes para o bebê, fortalecendo o sistema imunológico e protegendo de doenças,
como a obesidade infantil.

E mais, o leite materno auxilia no desenvolvimento cerebral e fortalece o vínculo entre mãe e bebê.

Desse modo, o aleitamento materno e o câncer de mama estão ligados diretamente, sendo muito importante a sua realização, pois faz toda  diferença na saúde da mulher e do bebê.



Por: Kelma Yaly - 29 de julho de 2023
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