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Cervicite, você sabe o que é? - Blog - Clínica Rossetti

A cervicite é uma condição médica caracterizada pela inflamação do colo do útero, conhecido como cérvix.

Esta inflamação pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo:

  • infecções bacterianas,
  • virais,
  • fúngicas, bem como irritação química ou trauma físico.

A principal característica da cervicite é a vermelhidão e o inchaço do colo do útero, acompanhados por secreção vaginal anormal e desconforto pélvico.

Trata-se de  uma condição comum que pode afetar mulheres de todas as idades, embora seja mais prevalente em mulheres sexualmente ativas.

As causas mais comuns  incluem infecções por clamídia, gonorreia e tricomoníase, que são transmitidas principalmente através do contato sexual desprotegido.

Outros agentes infecciosos, como bactérias do tipo Gardnerella vaginalis, podem também desempenhar um papel na sua ocorrência.

Os sintomas da cervicite podem variar de leve a grave e podem incluir dor durante o sexo, corrimento vaginal anormal, sangramento após o sexo ou entre os períodos menstruais, dor pélvica e micção dolorosa.

Em alguns casos, ela pode ser assintomática, o que significa que uma pessoa pode estar infectada sem apresentar sinais visíveis da doença.

A anatomia do colo do útero

A anatomia do colo do útero é essencial para compreender a saúde reprodutiva feminina.

Localizado na base do útero, o colo do útero é composto por tecidos conjuntivos, músculos lisos e um revestimento epitelial especializado.

Dividido em exocérvice e endocérvice, suas regiões anatômicas desempenham funções distintas. A exocérvice, visível na vagina, possui um epitélio escamoso estratificado, enquanto a endocérvice, que se estende até o útero, é revestida por um epitélio colunar simples.

Essa estrutura microscópica complexa varia ao longo do ciclo menstrual, influenciada por mudanças hormonais.

Além disso, o colo do útero produz muco cervical, cuja composição muda durante o ciclo, afetando a fertilidade.

Durante a gravidez, ele permanece fechado para proteger o feto em desenvolvimento e se dilata durante o parto para permitir a passagem do bebê.

A avaliação clínica do colo do útero é crucial para detectar condições como cervicite, neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e câncer cervical.

O entendimento detalhado dessa anatomia é fundamental para promover a saúde e prevenir doenças ginecológicas.

Causas comuns da cervicite

Infecções bacterianas, virais ou fúngicas são as principais responsáveis por desencadear essa condição.

A clamídia e a gonorreia, infecções sexualmente transmissíveis, estão entre as principais culpadas, juntamente com a tricomoníase.

Bactérias como Gardnerella vaginalis também podem desencadear a cervicite.

Além das infecções, irritações químicas, como aquelas causadas por duchas vaginais ou produtos de higiene inadequados, podem inflamar o colo do útero.

Trauma físico, como o uso de dispositivos contraceptivos intrauterinos (DIUs) ou relações sexuais vigorosas, também pode ser uma causa.

Mulheres sexualmente ativas são mais suscetíveis, mas a cervicite pode afetar mulheres de todas as idades. É importante reconhecer e tratar as causas subjacentes da cervicite para evitar complicações e promover a saúde ginecológica.

Sintomas da Cervicite

Ela pode manifestar uma variedade de sintomas que variam em gravidade e duração. É importante reconhecê-los para buscar tratamento adequado e prevenir complicações.

Corrimento Vaginal Anormal

Um dos sintomas mais comuns da cervicite é o corrimento vaginal anormal. Este corrimento pode variar em cor, consistência e odor, dependendo da causa subjacente da inflamação. P

ode ser claro, branco, amarelo ou verde e pode ter um cheiro desagradável.

Dor Pélvica

Muitas pessoas com cervicite experimentam dor na região pélvica. Esta dor pode variar de leve a intensa e pode ser acompanhada por uma sensação de pressão ou desconforto na área abdominal inferior.

Dor durante o Sexo

A cervicite pode tornar o sexo doloroso para algumas pessoas. A dor durante a relação sexual, conhecida como dispareunia, pode ocorrer devido à inflamação e sensibilidade do colo do útero.

Sangramento Irregular

O sangramento vaginal irregular é outro sintoma comum. Isso pode incluir sangramento após o sexo (chamado de sangramento pós-coito), sangramento entre os períodos menstruais ou sangramento após o exame ginecológico.

Possibilidade de Cervicite Assintomática

Embora a cervicite geralmente apresente sintomas visíveis, em alguns casos, a condição pode ser assintomática.

Isso significa que uma pessoa pode estar infectada com uma infecção cervical, mas não apresentar sinais evidentes da doença.

A cervicite assintomática pode ser especialmente preocupante, pois a infecção pode passar despercebida e não ser tratada, o que pode levar a complicações graves, como infertilidade ou gravidez ectópica.

Importância do Diagnóstico e Tratamento

Devido à possibilidade de  ser assintomática, é fundamental realizar exames ginecológicos regulares, como o exame de Papanicolau, para detectar precocemente a presença de infecções cervicais.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações e promover a saúde reprodutiva.

Diagnóstico da Cervicite

O diagnóstico preciso da cervicite é crucial para iniciar o tratamento adequado e prevenir complicações.

Existem vários métodos de diagnóstico utilizados pelos profissionais de saúde para identificar essa condição inflamatória do colo do útero.

Exame Ginecológico

O exame ginecológico é uma ferramenta fundamental no diagnóstico da doença.

Durante esse exame, o médico realiza uma inspeção visual do colo do útero, procurando sinais de inflamação, como vermelhidão, inchaço ou secreção anormal.

O médico também pode coletar amostras de muco cervical para análise laboratorial, a fim de identificar a presença de agentes infecciosos, como bactérias, vírus ou fungos.

Testes Laboratoriais

Testes laboratoriais, como o teste de Papanicolau, podem ser realizados para detectar anormalidades celulares no colo do útero.

Esse teste envolve a coleta de células cervicais para análise microscópica, identificando alterações que podem indicar a presença de células pré-cancerosas ou cancerosas.

Além disso, testes de PCR (reação em cadeia da polimerase) podem ser realizados para detectar a presença de agentes infecciosos específicos, como clamídia, gonorreia ou HPV.

Cultura de Tecido
Em alguns casos, uma cultura de tecido pode ser realizada para identificar o organismo causador da infecção. Durante esse procedimento, uma amostra de tecido cervical é coletada e cultivada em meio de cultura para permitir o crescimento e a identificação de bactérias, vírus ou fungos.

Importância do Exame Ginecológico Regular

O exame ginecológico regular desempenha um papel fundamental na detecção precoce.

Esses exames oferecem a oportunidade para os profissionais de saúde avaliarem a saúde do colo do útero e identificarem quaisquer alterações ou anormalidades que possam indicar a presença de cervicite ou outras doenças.

Detecção Precoce

O exame ginecológico possibilita o início imediato do tratamento. Isso é crucial para evitar complicações e prevenir a propagação da infecção para outras áreas do trato reprodutivo.

Rastreamento de Câncer Cervical

Além de diagnosticar a cervicite, os exames ginecológicos regulares também são essenciais para o rastreamento do câncer cervical.

O teste de Papanicolau, realizado durante o exame, pode detectar alterações nas células cervicais que podem indicar câncer em estágios iniciais, quando é mais tratável e curável.

Causas da Cervicite

Uma variedade de causas pode desencadear essa inflamação, com infecções bacterianas liderando a lista.

No entanto, outros fatores também podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição ginecológica.

Infecções Bacterianas como Causas Principais

As principais causas da cervicite frequentemente identificadas são as infecções bacterianas. Entre as bactérias mais comuns envolvidas estão:

Clamídia

A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis.

É uma das causas mais comuns de cervicite e pode levar a complicações graves se não tratada, como doença inflamatória pélvica (DIP) e infertilidade.

Gonorreia

A gonorreia, outra IST, é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Assim como a clamídia, pode resultar em cervicite e complicações se não tratada adequadamente.

Infecções por Gardnerella vaginalis

Bactérias do tipo Gardnerella vaginalis podem causar uma condição conhecida como vaginose bacteriana, que também pode levar à inflamação do colo do útero.

Outros Fatores Contribuintes

Além das infecções bacterianas, vários outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento da cervicite:

Infecções Virais

Infecções virais, como o papilomavírus humano (HPV), também podem desencadear a cervicite. O HPV é conhecido por causar alterações nas células cervicais que podem levar ao câncer cervical.

Infecções Fúngicas

Embora menos comuns, infecções fúngicas, como candidíase, podem causar irritação e inflamação do colo do útero, contribuindo para a cervicite.

Irritação Química

O uso de produtos de higiene íntima agressivos, duchas vaginais ou preservativos com espermicidas pode irritar o colo do útero, levando à inflamação.

Trauma Físico

Trauma físico, como o uso inadequado de dispositivos contraceptivos, relações sexuais vigorosas ou parto recente, também pode desencadear a cervicite.

Fatores de Risco para cervicite

Vários fatores de risco estão associados ao desenvolvimento da cervicite.

Mulheres sexualmente ativas têm um maior risco de contrair infecções bacterianas, virais ou fúngicas que podem desencadear a cervicite.

O uso inconsistente de preservativos durante o sexo aumenta ainda mais esse risco.

Além disso, ter múltiplos parceiros sexuais ou um parceiro com histórico de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) aumenta as chances de contrair clamídia, gonorreia ou outras infecções que podem levar à cervicite.

Fatores comportamentais, como o tabagismo, também podem aumentar o risco de desenvolver esta condição.

Mulheres com um sistema imunológico enfraquecido devido a condições médicas subjacentes ou uso de medicamentos imunossupressores também podem estar em maior risco.

É essencial reconhecer esses fatores de risco e adotar medidas preventivas, como o uso de preservativos e exames ginecológicos regulares, para reduzir a probabilidade de desenvolver a deonça.

Comportamentos de risco que aumentam a probabilidade de contrair cervicite.

Vários comportamentos de risco podem aumentar significativamente a probabilidade de contrair está inflamação.

O principal fator de risco é a atividade sexual desprotegida, especialmente com múltiplos parceiros sexuais.

O não uso consistente de preservativos durante as relações sexuais expõe as mulheres a infecções bacterianas, virais ou fúngicas, que podem desencadear a doença.

Além disso, ter um parceiro com histórico de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) aumenta o risco de contrair clamídia, gonorreia ou outras infecções cervicais.

O tabagismo também é um comportamento de risco, pois pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando as mulheres mais suscetíveis a infecções.

A falta de higiene íntima adequada e o uso de duchas vaginais também podem aumentar as chances de desenvolver cervicite.

Reconhecer e evitar esses comportamentos de risco é essencial para proteger a saúde do colo do útero e prevenir complicações.

Opções de tratamento disponíveis para cervicite

Existem diversas opções de tratamento disponíveis para cervicite, dependendo da causa subjacente e da gravidade dos sintomas.

Os médicos frequentemente prescrevem antibióticos para tratar infecções bacterianas como clamídia ou gonorreia.

Eles podem administrar esses medicamentos por via oral ou através de injeções, e o tratamento geralmente dura de uma a duas semanas.

Em casos de infecções fúngicas, os médicos podem recomendar antifúngicos para combater o fungo responsável pela cervicite.

Além do tratamento medicamentoso, medidas de suporte, como repouso, ingestão adequada de líquidos e aplicação de compressas mornas na região pélvica, podem ajudar a aliviar os sintomas.

Em alguns casos mais graves ou persistentes, os médicos podem precisar realizar a remoção cirúrgica de áreas inflamadas do colo do útero.

É importante seguir as orientações do médico e completar o tratamento prescrito para garantir uma recuperação completa e prevenir complicações futuras.

Considerações finais

Em consideração ao abrangente panorama sobre a cervicite, é imperativo destacar a importância da conscientização, diagnóstico precoce e tratamento eficaz para essa condição ginecológica.

Diversos fatores, incluindo infecções bacterianas, virais ou fúngicas, assim como irritações químicas ou trauma físico, podem desencadear a cervicite, que se caracteriza pela inflamação do colo do útero.

Os sintomas podem variar de leves a graves, com alguns casos podendo até ser assintomáticos, enfatizando a necessidade de exames ginecológicos regulares para detecção precoce.

O tratamento depende da causa subjacente, sendo comumente prescritos antibióticos para infecções bacterianas e antifúngicos para infecções fúngicas.

Além disso, as pessoas devem adotar medidas preventivas, como usar preservativos durante o sexo e praticar uma boa higiene íntima, para reduzir o risco de desenvolver a condição.



Por: Kelma Yaly - 3 de maio de 2024
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