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Câncer de mama e os fatores de risco - Blog - Clínica Rossetti

O câncer de mama se desenvolve a partir de danos nos genes de uma pessoa após o nascimento.

Não há risco da pessoa passar esse gene aos filhos, pois a causa subjacente do câncer de mama é uma combinação de:

  • exposições internas ou hormonais;
  • fatores de estilo de vida,
  • fatores ambientais;
  • fisiologia (como a replicação do DNA).

O câncer de mama hereditário é menos comum, representando 5% a 10% dos cânceres.

É hereditário quando alterações genéticas, chamadas mutações ou alterações, são transmitidas dentro de uma família de pai para filho.

Muitas dessas mutações estão em genes supressores de tumor, no qual normalmente impedem que as células cresçam fora de controle e se transformem em câncer.

Mas quando essas células têm uma mutação, isso pode fazer com que elas cresçam fora de controle.

Por outro lado, a maioria das pessoas que desenvolvem a doença não tem fatores de risco e nenhum histórico familiar.

Fatores de risco que influenciam o desenvolvimento do câncer de mama

Idade

Inicialmente, o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade, onde a maioria dos cânceres se desenvolve após os 50 anos.

A idade média para desenvolvimento é de 63 anos.

Histórico pessoal de câncer de mama

Uma mulher que teve câncer de mama em uma mama tem maior risco de desenvolver um novo câncer na outra mama.

Histórico familiar

O câncer de mama pode ocorrer na família em qualquer uma destas situações:

  • Mais de uma mulher diagnosticada com câncer de mama aos 45 anos ou menos
  • Mais de uma mulher diagnosticada com câncer de mama antes dos 50 anos com histórico familiar adicional de câncer, como câncer de ovário e câncer de pâncreas
  • Existência de cânceres de mama e/ou ovário em várias gerações em um lado da família, como, por exemplo, ter uma avó e uma tia do lado materno da família, que foram diagnosticadas com um desses cânceres.
  • Uma mulher da família é diagnosticada com um segundo câncer de mama na mesma ou na outra mama, ou câncer de ovário
  • Algum parente do sexo masculino é diagnosticado com câncer de mama

Cumpre ressaltar que para o histórico  familiar é importante considerar também o lado paterno.

O lado do pai é tão importante quanto o lado da mãe para determinar o risco pessoal em desenvolver a doença.

Predisposição genética para o câncer de mama

Por vezes, várias mutações genéticas hereditárias estão associadas a um risco aumentado, bem como outros tipos de câncer.

No entanto, algumas mutações aumenta o risco de uma pessoa que pode herdar uma mutação genética, mas não desenvolver a doença.

Testes genéticos

Os testes genéticos por meio de exames de sangue estão disponíveis para testar mutações conhecidas nos genes BRCA1 e BRCA2 e outros genes ligados a síndromes hereditárias.

No entanto, os médicos recomendam a realização do teste de painel, pois procura mutações em vários genes diferentes em simultâneo.

Quando da descoberta de uma mutação genética, pode haver medidas a serem tomadas para diminuir o risco de câncer de mama e ovário.

É realizado um cronograma de rastreamento de câncer de mama diferente da população em geral, como iniciar esse rastreamento em uma idade mais jovem.

Histórico pessoal de câncer de ovário

A princípio as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 aumentam muito o risco de câncer de ovário e câncer de mama.

Portanto, mulheres com câncer de mama que não herdaram uma mutação BRCA1 ou BRCA2 geralmente não têm maior risco de câncer de ovário.

Menstruação precoce e menopausa tardia

Se a menstruação começou antes dos 11 ou 12 anos, ou a menopausa começou após os 55 anos, há um risco um pouco maior de ter a doença.

Isso ocorre porque as células da mama foram expostas ao estrogênio e à progesterona por mais tempo.

O estrogênio e a progesterona são hormônios que controlam o desenvolvimento de características sexuais secundárias, como o desenvolvimento das mamas e a gravidez.

A produção de estrogênio e progesterona diminui com a idade, com uma queda acentuada em torno da menopausa.

Assim, a exposição mais longa a esses hormônios aumenta o risco do câncer.

Gravidez

Ter uma primeira gravidez após os 35 anos ou não ter tido filhos traz um risco maior da doença.

A gravidez pode ajudar a proteger, pois a amamentação empurra as células da mama para sua fase final de maturação.

Reposição hormonal após a menopausa

O uso de terapia hormonal com estrogênio e progesterona após a menopausa, muitas vezes chamada de terapia hormonal pós-menopausa ou terapia de reposição hormonal, nos últimos 5 anos ou por vários anos aumenta o risco da doença.

Anticoncepcionais orais

Alguns estudos, ainda em curso, apontam que os contraceptivos orais aumentam o risco, enquanto outros não mostraram nenhuma ligação entre o uso de contraceptivos orais e o desenvolvimento de câncer.

Raça e etnia

O câncer de mama é o diagnóstico de câncer mais comum em mulheres, com exceção do câncer de pele, independentemente da raça.

As mulheres brancas são mais propensas a desenvolver a doença do que mulheres negras, mas entre mulheres com menos de 45 anos, a doença é mais comum em mulheres negras do que em mulheres brancas.

Neste sentido, as mulheres negras também são mais propensas a morrer da doença.

Assim, as razões para as diferenças de sobrevivência podem incluir diferenças na biologia, outras condições de saúde e fatores socioeconômicos que afetam o acesso e o uso de cuidados médicos.

Estilo de vida

Como acontece com outros tipos de câncer, o estilo de vida pode contribuir para o desenvolvimento do da doença, como:

  • Peso: Estar na pós-menopausa e com sobrepeso ou obesidade aumenta o risco

Há também um risco maior do câncer voltar após o tratamento

  • Atividade física: Uma quantidade menor de atividade física está associada a um risco aumentado de desenvolver câncer de mama.
  • Álcool: A ingestão de álcool, incluindo cerveja, vinho e destilados, aumenta o risco
  • Alimentação: Ingerir mais frutas e vegetais e menos gorduras animais está associado a muitos benefícios para a saúde, incluindo uma diminuição pequena no risco

Prevenção ao câncer de mama

Embora não haja uma maneira comprovada de se prevenir completamente, é possível diminuir o risco, como a prática de atividade física regular, evitar o uso de pílulas anticoncepcionais orais ou terapia de reposição hormonal após a menopausa e manter um peso equilibrado.

Considerações finais sobre o câncer de mama

Em suma, não há como se prevenir o aparecimento do câncer de mama de forma absoluta.

Neste sentido, o que se pode fazer é o diagnóstico precoce da doença, visto que sua identificação pode indicar o melhor tratamento.

Quanto mais cedo for diagnosticado, maiores as chances de obter a cura da doença.

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Por: Kelma Yaly - 2 de outubro de 2022
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