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Saiba tudo sobre câncer de ovário - Blog - Clínica Rossetti

O câncer de ovário ocorre quando células anormais dos ovários ou trompas de falópio crescem e se multiplicam.

Trata-se de uma doença de difícil diagnóstico, podendo ser letal.

A ocorrência do câncer de ovário pode derivar de fatores genéticos, hormonais e ambientais.

Geralmente o tumor afeta mulheres após os quarenta anos.

Principais causas

Sabe-se que algumas pessoas estão mais propensas a terem câncer de ovário por apresentarem os seguintes fatores de risco:

  • Ter mais de 60 anos
  • Obesidade
  • Histórico familiar
  • Nunca engravidou ou ter filhos mais tarde na vida
  • Endometriose

Sintomas

O câncer de ovário pode se espalhar por todo o abdômen antes de causar qualquer sintoma.

Diante disso, há dificuldade na realização do diagnóstico precoce.

Os principais sintomas são:

  • Dor pélvica ou abdominal, desconforto ou inchaço
  • Perda de apetite ou saciedade precoce
  • Corrimento vaginal ou sangramento anormal, especialmente se o sangramento ocorrer fora do ciclo menstrual típico ou após a menopausa
  • Alterações intestinais, como diarreia
  • Aumento do abdômen
  • Urinar com mais frequência

O câncer de ovário começa a espalhar pela pélvis, gânglios linfáticos, abdômen, intestinos, estômago, tórax ou fígado.

Estágios do câncer de ovário

Existem quatro estágios de câncer de ovário, sendo eles:

Estágio I: Este estágio é dividido em três subestágios.

No primeiro subestágio, o câncer ocorre apenas em um ovário ou em uma trompa de falópio. No subestágio seguinte ocorre em ambos os ovários ou trompas de falópio, e no terceiro além de encontrar nos ovários, trompas, também está na parte exterior do órgão.

Estágio II: Nesse estágio também é dividido em subestágios.

No primeiro o câncer não está mais apenas no ovário, mas também se espalhou para o útero. No segundo subestágio, a doença se espalhou para outras estruturas próximas da pélvis.

Estágio III:  Nesse estágio, assim como os demais também são subdivididos.

No primeiro subestágio o câncer se espalhou além da pelvis para o abdômen ou dentro dos gânglios linfáticos. No segundo subestágio o tumor tem até 2 centímetros de tamanho e se espalhou além da pélvis. No terceiro subestágio, o câncer se moveu para fora da área da pélvis e é maior em tamanho (mais de 2 centímetros) ou pode estar dentro dos gânglios linfáticos, podendo afetar outros órgãos como o fígado e o baço.

Estágio IV: Esse estágio é o mais grave.

Nesta fase, o câncer se espalhou para o interior de órgãos como o fígado ou o baço.

A divisão por estágio acerca da evolução do câncer é de suma importância, pois será o norte para o tratamento mais adequado.

Realização do diagnóstico

No caso de suspeita de câncer de ovário será realizado um exame pélvico.

Por meio desse exame será possível verificar se há crescimentos anormais ou órgãos aumentados.

O médico também poderá solicitar:

  • Exames de imagem: ultrassonografia pélvica, ressonância magnética, tomografia computadorizada
  • Exames de sangue: Por meio desse exame, será possível verificar se há substância chamada CA-125, sendo que altos níveis de CA-125 no sangue podem ser câncer. Pode acontecer, que o câncer estar presente, no entanto, os níveis da substância CA-125 estão normais, assim como taxa elevada pode não ser indicativo de câncer de ovário. Por isso, o exame de sangue é solicitado em conjunto com outros exames.
  • Laparoscopia: A laparoscopia exploratória seguida de biópsia do tumor servirá para confirmar o diagnóstico.

Tratamento

Em regra, o tratamento é a intervenção cirúrgica para retirada de todo o câncer, inclusive com a retirada
do ovário.

No entanto, outros tratamentos podem ser aplicados, entre eles:

Quimioterapia

A quimioterapia é recomendada antes ou depois da cirurgia. Ela pode ser por via intravenosa (por uma veia) ou por via oral (em forma de pílula).

Terapia direcionada

Este tratamento usa medicamentos para identificar e atacar as células cancerígenas. A terapia direcionada muda a forma como as células cancerígenas crescem e se dividem.

Terapia hormonal

Alguns cânceres de ovário usam hormônios para crescer, sendo que nesse tipo de terapia há o bloqueio dos hormônios, retardando ou interrompendo o crescimento do câncer.

Radioterapia

Esse tratamento é pouco utilizado para tratar o câncer de ovário.

Como evitar o câncer e ovário

Para evitar o aparecimento do câncer de ovário recomenda-se a visita regular ao ginecologista.

Outra recomendação é controlar o peso e evitar alimentos gordurosos, pois há estudos que indicam relação entre esse câncer com obesidade.

A ingestão de pílulas anticoncepcionais podem ser recomendado para evitar o câncer de ovário.

Tomar pílulas anticoncepcionais reduz o risco, no entanto, esses medicamentos têm riscos, por essa razão é importante buscar orientação médica.

Caso tenha parentes de primeiro grau com histórico de câncer ovário deve ser realizado exames clínicos e ultrassonografias com mais frequência.

As mulheres com mais de 40 anos devem passar regularmente pelo ginecologista, pois eventual câncer tem chance de ser curado mais precocemente.

Importante ressaltar que o exame Papanicolau não detecta o câncer de ovário, sendo o ideal a mulher reconhecer os sintomas, conhecer o seu histórico familiar.

Risco do aparecimento de outro tipo de câncer

Quem passou por um processo de câncer de ovário pode desenvolver outro
câncer que são:

As mulheres tratadas com radioterapia também têm um risco aumentado de câncer de pâncreas.

Por outro lado, há um aumento do risco de leucemia em casos de tratamento com quimioterapia, devido
a medicação

Os principais medicamentos associados ao risco de leucemia como a Cisplatina.

Ainda, sim é possível prevenir para evitar o aparecimento do segundo câncer.

Diante disso, é preciso tomar as seguintes medidas:

  • Manter um peso saudável
  • Realizar atividade física
  • Ter um padrão alimentar saudável que inclua frutas, vegetais e grãos integrais e que limite ou evite carnes vermelhas e processadas, bebidas açucaradas e alimentos altamente processados.
  • Não beber e fumar

Câncer de ovário e gravidez

A maior taxa de casos de câncer de ovário está entre mulheres de 40 e 50 anos.

Quando o diagnóstico ocorre em período reprodutivo, em alguns casos é preciso retirar os ovários.

O tratamento é baseado em quimioterapia e radioterapia, sendo nesses casos, possível manter a possibilidade de engravidar.

Considerações finais

O câncer de ovário é uma doença de difícil diagnóstico, podendo ser letal.

Esse tipo de câncer ocorre em pessoas com histórico familiar, obesas, acima de sessenta anos, nunca engravidou e quadro endometriose.

Muitos exames de rotina, como o Papanicolau, não diagnostica o câncer de ovário.

Por essa razão, a mulher deve ficar atenta aos sintomas como volume do abdômen, dor pélvica, perda de apetite, diarreia.

A principal recomendação é a visita regular ao ginecologista, principalmente para mulheres com mais de quarenta anos.

Por fim, quem teve câncer de ovário tem um risco aumentado de enfrentar um segundo câncer.



Por: Kelma Yaly - 8 de maio de 2023
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