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Doenças neurodegenerativas e vida saudável - Blog - Clínica Rossetti

Você sabia que o estilo de vida pode influenciar no aparecimento de doenças neurodegenerativas?

Exatamente!

Cabe lembrar que doenças neurodegenerativas não possuem cura, provocando degeneração progressiva dos neurônios, afetando inclusive a qualidade do sono.

As dietas com alto teor de açúcar, álcool, tabaco ou dietas com alto teor de gordura, bem como o envelhecimento, lesão cerebral, estresse oxidativo e neuro inflamação, influenciam para o aparecimento das doenças neurodegenerativas.

As pessoas com um estilo de vida saudável e de baixo risco (prática de exercícios físicos diariamente, consumo de álcool moderado) tem um risco menor de doenças neurodegenerativas do que pessoas com maus hábitos.

A incidência de doenças neurodegenerativas pode ser devida em parte à influência negativa de fatores com estresse, falta de exercício físico, obesidade, níveis elevados de colesterol, tabagismo, alcoolismo e hipertensão arterial.

Além disso, o envelhecimento e lesões cerebrais também estão associados ao surgimento das doenças neurodegenerativas.

A seguir veremos os principais fatores de risco e proteção para neuro inflamação (inflamação do tecido nervoso) em doenças neurodegenerativa.

Fatores de risco e proteção que influenciam a neuroinflamação e doenças neurodegenerativas

Excesso de ferro nas doenças neurodegenerativas

A concentração de ferro está relacionada a várias condições encontradas em idosos, tanto homens quanto mulheres.

Alguns estudos destacam o impacto da inflamação na sobrecarga de ferro em doenças neurodegenerativas.

Tabagismo nas doenças neurodegenerativas

O tabagismo é um grande aliado para o surgimento de doenças neurodegenerativa, a doença de Alzheimer associado a outros fatores de risco para doenças, tende a piorar os sintomas parkinsonianos, principalmente no surgimento de sintomas não-motores como a própria demência associada à doença de Parkinson.

Por outro lado, a maior concentração de vitamina D colabora para prevenir de doenças neurodegenerativa.

A vitamina D beneficia as capacidades cognitivas, no entanto, a sua ausência prejudica a memória e pode levar a um quadro de Alzheimer.

O tabagismo também é um fator de risco para demência e a exposição anterior induz neuroinflamação e agrava o comprometimento cognitivo.

Algo inovador descoberto que apesar da fumaça conter numerosos produtos químicos, elas podem ser responsáveis ​​por efeitos protetores.

Álcool e café

Estudos recentes mostram que, em comparação com pessoas que se abstêm do consumo de álcool, o consumo leve a moderado de álcool em qualquer forma (vinho, cerveja ou destilados) pode ser benéfico para a saúde.

Assim como o consumo de café protege contra a progressão dos sintomas motores e cognitivos do Parkinson.

Atividade física

É sabido que o sedentarismo aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e câncer e seus fatores de risco associados, como pressão alta e excesso de peso.

Por outro lado, a atividade física intensa pode causar efeitos cardiovasculares adversos e dependência de exercícios, que é uma compulsão não saudável.

A prática de exercícios físicos melhora a pressão arterial mais baixa, proporciona menos estresse e ansiedade, melhora no sono e humor, além da melhora da função cerebral.

A atividade física inibe a inflamação e induz um estado anti-inflamatório.

O exercício também é bom para a saúde mental geral, melhorando a memória, a cognição, à produção de fatores neurotróficos, neurotransmissores e hormônios.

Saúde mental

O estresse é um estado do corpo e da mente que ocorre quando há um evento de ameaça.

A resposta ao estresse é adaptativa e pode ser comportamental, psicológica ou fisiológica.

O estresse tem sido associado ao desenvolvimento de doenças inflamatórias, como distúrbios intestinais inflamatórios e os neurônios podem liberar moléculas inflamatórias em resposta ao estresse e induzir neuroinflamação.

O estresse também pode desencadear vários transtornos psiquiátricos, como transtorno de estresse pós-traumático, transtornos de ansiedade, depressão e esquizofrenia, bem como doenças neurodegenerativas.

Já é comprovado que a prática da meditação mindfulness e da ioga, realizadas para gerenciar o bem-estar, diminuem a inflamação.

A ioga reduz os efeitos nocivos do estresse e da inflamação, e quando praticada por 12 semanas. A ioga por 12 semanas retardou o envelhecimento celular e aumentou as citocinas anti-inflamatórias e diminuiu as citocinas pró-inflamatórias, bem como os níveis de cortisol.

Qualidade do ar

A poluição é composta por material particulado, ozônio, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, óxido de nitrogênio e chumbo, são fatores de risco ambientais ligados ao aumento da inflamação.

Esses poluentes também foram associados ao aumento da neuroinflamação e doenças neurodegenerativas.

Em contrapartida, as pessoas que estão mais expostas a espaços verdes têm maior probabilidade de ter boa saúde geral.

Além disso, caminhadas ou exercícios na natureza melhoram a cognição e o humor em pessoas com transtorno depressivo, e também aumentam a autoestima.

E não é só.

Viver próximo à natureza reduz o estresse, diminui a exposição à poluição e aumenta a duração do sono, todos esses fatores conhecidos por reduzir a neuroinflamação.

Pesticidas

Uma grande preocupação da comunidade cientifica é a concentração de pesticidas encontrados em alimentos e água potável.

Os pesticidas duram muito tempo e são degradados lentamente.

Por essa razão, muitos estudos asseveram que a exposição a pesticidas está ligada ao aumento do risco de desenvolver doença degenerativa.

A inflamação é um mecanismo comum de neurotoxicidade induzida por pesticidas.

A presença de pesticida aumenta a incidência de desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e psiquiátricas, sendo a neuroinflamação um importante mecanismo comum indutor de neurotoxicidade.

Sono de qualidade

As pessoas portadoras de doenças degenerativas e com distúrbios psiquiátricos, como depressão e ansiedade, apresentam distúrbios do sono.

Pesquisas apontam que a perda de sono e o sono interrompido induzem inflamação aguda.

Os distúrbios do sono foram considerados causa da neuroinflamação encontrada em distúrbios neurodegenerativos e psiquiátricos.

Canabinoides

A Cannabis ativa possui propriedades medicinais.

O canabidiol, principal componente não psicotrópico, exerce efeitos anti-inflamatórios por inibir a síntese e liberação de moléculas pró-inflamatórias, como citocinas.

No entanto, importante ressaltar que são necessários outros estudos para comprovar a eficácia dos canabinoides no tratamento de distúrbios neurodegenerativos e psiquiátricos.

Considerações finais sobre a prevenção de doenças neurodegenerativas

Em síntese, um estilo de vida saudável previne inúmeras doenças, inclusive doenças neurodegenerativas.

Maus hábitos como dietas com alto teor de açúcar, álcool, tabaco ou dietas com alto teor de gordura,
influenciam para o aparecimento das doenças neurodegenerativas.

Uma mente que não é equilibrada também favorece a neuroinflamação, como o estresse pode desencadear vários transtornos psiquiátricos.

Por outro lado, viver próximo à natureza e ter uma sono de qualidade são essenciais para manter a saúde mental, bem como evitar doenças neurodegenerativas e inflamações.

Por tudo isso, importante é ter equilíbrio, ter uma dieta saudável, aliada a prática de atividade físicas, e também
ter uma válvula de escape para o estresse, optando pela realização de ioga e meditação.



Por: Kelma Yaly - 26 de maio de 2023
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