Agendamento
FIQUE POR DENTRO

Blog Clínica Rossetti

Vamos falar de esteatose hepática? - Blog - Clínica Rossetti

Mas afinal, o que significa esteatose hepática?

Uma definição objetiva é o armazenamento de excesso de gordura no fígado.

Em regra, a esteatose hepática não causa sintomas, no entanto, causa danos ao fígado.

Sabia que ela pode ser evitada?

Nesse artigo explicaremos além das causas, também como evitá-la.

Razão que a esteatose hepática prejudica o fígado

Como já informado, a esteatose hepática é o acúmulo de gordura no fígado.

Um fígado saudável contém uma pequena quantidade de gordura.

O excesso de gordura ocorre quando o percentual atinge 5% a 10% do peso do fígado.

Na maioria dos casos, a esteatose hepática não causa problema sério ou impede o funcionamento do fígado.

No entanto, para uma parcela dos portadores da doença, ela pode piorar com o tempo.

Há três etapas acerca da evolução da doença:

1º fase - O fígado fica inflamado (inchado), o que danifica seu tecido
2º fase - O tecido cicatricial se forma onde o fígado está danificado
3º fase - O tecido cicatricial extenso substitui o tecido saudável. Nesse caso, trata-se de cirrose hepática

A cirrose do fígado traz danos graves ao fígado.

O tecido cicatricial duro que substitui o tecido saudável do fígado retarda seu funcionamento.

Em alguns casos pode ocorrer o bloqueio da função hepática.

Diante desse quadro, a cirrose hepática pode levar a insuficiência hepática e câncer de fígado.

Formas da esteatose hepática

Existem duas formas da esteatose hepática:

Esteatose hepática alcoólica

Trata-se de pessoas que possuem a doença por conta do alcoolismo.

Esteatose hepática não alcoólica

Estima-se que 20 a 30% da população adulta tenha algum grau de esteatose hepática não relacionada
ao consumo de álcool. Os pesquisadores ainda não chegaram a conclusão o que poderia acarretar a doença se não há consumo habitual de álcool, no entanto, fatores como obesidade e diabetes aumentam o risco.

Pessoas propensas a ter a doença

Algumas pessoas são mais suscetíveis a terem a doença, são elas:

  • Pessoas obesas com alto nível de gordura abdominal
  • Pessoas com pressão alta, diabetes ou colesterol alto
  • Pessoas com apneia obstrutiva do sono

Algumas pessoas magras, sem alterações de colesterol e glicemia, podem desenvolver quadros de
esteatose hepática gordurosa.

Principais causa da esteatose hepática

Importante informar que algumas pessoas desenvolvem a doença sem ter doenças pré-existentes.

No entanto, alguns fatores colaboram para o desenvolvimento, são eles:

  • Ter sobrepeso / obesidade
  • Ter diabetes tipo 2 ou resistência à insulina
  • Ter síndrome metabólica (resistência à insulina, pressão alta, colesterol alto e níveis elevados de triglicerídeos).
  • Tomar certos medicamentos, como tamoxifeno ou esteroides

A resistência insulina pode aumentar os ácidos graxos livres no fígado. Isso acontece porque a insulina não consegue suprimir uma enzima chamada lipase.

Essa enzima faz parte do processo digestivo, ajudando a quebras as moléculas de gordura para serem absorvidas com mais facilidade pelo intestino.

O fígado tenta quebrar os ácidos graxos livres, mas é sobrecarregado, impedindo de realizar essa quebra.

Com isso os ácidos graxos livres vão se acumulando nas células do fígado, razão pela qual surge o aparecimento da esteatose hepática.

Sintomas da esteatose hepática

Nos quadros leves de esteatose hepática, a doença é assintomática.

Os sintomas aparecem quando surgem as complicações da doença.

Desse modo os sintomas aparecem quando já evoluiu para a cirrose hepática, todavia, pode ocorrer os
seguintes sintomas:

  • Dor abdominal
  • Náusea, perda de apetite ou perda de peso
  • Pele amarelada e branco dos olhos (icterícia)
  • Abdômen e pernas inchados (edema)
  • Cansaço extremo ou confusão mental
  • Fraqueza

Diagnóstico

Em que pese a esteatose hepática não causar sintomas, a doença pode ser diagnosticada quando as enzimas hepáticas estão altas.

Essa taxa pode ser verificada ao realizar exame de sangue.

Para um diagnóstico seguro, será solicitado:

  • Ultrassom ou elastografia hepática para  verificar a imagem do fígado
  • Biópsia hepática (amostra de tecido) para determinar o quanto a doença progrediu

A biópsia hepática é considerada a única maneira de diagnosticar a esteatose.

Nesse procedimento, é removido uma amostra do tecido hepático para poder ser analisado, por
meio de microscópio, no qual será possível constatar o acúmulo de gordura.

Tratamento para a esteatose hepática

Não a medicamento específico que trate a esteatose hepática.

O que é possível é gerenciar os fatores que contribuem para a condição, principalmente mudando o estilo de vida.

Abaixo algumas mudanças que tratam a esteatose hepática:

  • Evitar o álcool
  • Perder peso
  • Tomar medicamentos para controlar diabetes, colesterol e triglicerídeos
  • Tomar vitamina E

Prevenção

As medidas preventivas para combater a doença são as praticamente as mesmas realizadas para o tratamento, sendo elas:

  • Manutenção do peso saudável
  • Exercício físico regular
  • Limitar o consumo de álcool
  • Esteja atento às medidas da circunferência abdominal, que não devem ultrapassar
    88 cm nas mulheres e 102 cm nos homens
  • Restrinja o consumo dos carboidratos refinados e das gorduras saturadas, substituindo esse alimentos pelos integrais e por azeite de oliva, peixes, frutas e verduras

Dieta para evitar a esteatose hepática

Uma recomendação importante é a perda de peso.

Ela deve ser gradual, pois se ocorrer de modo rápido também pode prejudicar.

A melhor dieta para evitar a esteatose hepática é a dieta mediterrânea.

Essa dieta contempla a ingestão de vegetais, frutas e gorduras boas.

Caso o fígado já esteja comprometido com o excesso de gordura apenas evitar o álcool ou perder peso,
já é possível reduzir a gordura e a inflamação do fígado e reverter os danos hepáticos precoces.

Considerações finais

Em síntese, a esteatose hepática é um distúrbio que se caracteriza pelo acúmulo de gordura no interior das células do fígado.

O consumo excessivo de alimentos gordurosos, carboidratos refinados e gorduras saturadas estão diretamente ligados na doença.

Os pesquisadores não sabem o que pode desencadear a doença, no entanto, alguns fatores como obesidade, diabetes, pressão alta e resistência a insulina são fatores de risco.

Por ser o acúmulo de gordura no fígado, pode ocorrer que pessoas magras sem alterações de colesterol e glicemia desenvolvam a doença.

Ela é uma doença assintomática, o surgimento de sintomas somente ocorrerá quando a doença já
está avançada, com o aparecimento da cirrose hepática.

Pela falta de sintomas, o diagnóstico ocorrerá por meio de exame de sangue no qual acusará
a taxa de enzima hepática alta.

Também é possível realizar a biópsia hepática, que confirmará se o tecido possui excesso de gordura.

Em suma, um fígado sobrecarregado de gordura só ficará livre quando houver a retirada de alimentos
e álcool da alimentação.

Por isso, seguir uma dieta saudável, baseada em vegetais e gorduras boas, atrelada a prática de exercícios físicos impedirão o aparecimento da doença.



Por: Kelma Yaly - 2 de julho de 2023
Blog – Clínica Rossetti